O primeiro Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira, denominado Perfil ADV, já está acessível para consulta. Realizada pela renomada Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do Conselho Federal da OAB, a pesquisa pioneira entrevistou 20.885 profissionais do direito, tornando-se o maior levantamento sobre a advocacia no Brasil.
Principais Descobertas:
- Gênero: A advocacia é uma profissão predominantemente feminina, com 50% das advogadas, 49% dos advogados e 1% de outras identidades de gênero.
- Faixa Etária: A maioria dos advogados (55%) tem entre 24 e 44 anos.
- Experiência Profissional: Um terço dos entrevistados está inscrito na OAB há menos de cinco anos, enquanto outro terço atua há mais de 15 anos.
- Localização: Quase metade (46%) dos advogados trabalha em capitais e regiões metropolitanas.
- Modalidade de Trabalho: A grande maioria (72%) atua de forma autônoma, com 51% adotando o regime de home office.
- Renda: Cerca de 45% dos participantes ganham entre dois e dez salários mínimos, e 26% têm outra atividade profissional.
- Áreas de Atuação: O Direito Civil é o ramo mais popular, com 26% dos advogados atuando nessa área. Incluindo subcategorias como Família e Sucessões, quase metade dos advogados brasileiros são civilistas.
Objetivos e Perspectivas: O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, enfatiza que o estudo visa compreender melhor as demandas e necessidades regionais para desenvolver iniciativas mais eficazes para os advogados, incluindo a defesa de prerrogativas e honorários. Ele destaca que os resultados refletem os esforços da OAB em democratizar e diversificar a instituição.
Rafael Horn, vice-presidente da OAB Nacional e coordenador do Perfil ADV, reafirma o compromisso da OAB com o progresso democrático e a criação de uma cultura jurídica baseada na igualdade. Os dados coletados são fundamentais para o planejamento do futuro da advocacia no Brasil, assegurando suporte a todos os advogados, independentemente de sua localização ou especialidade.
Inovações Metodológicas
O questionário inovador, composto por 42 perguntas abrangendo saúde, tecnologia, prerrogativas e honorários, além de dados sociodemográficos e profissionais, foi aplicado digitalmente pela FGV. A pesquisa foi liderada por Rafael Horn, vice-presidente do CFOAB, e Sidnei Gonzalez, diretor da FGV Conhecimento, com coordenação técnica do cientista político Antônio Lavareda, do Instituto de Pesquisas Ipespe.
OPINIÃO CONTEXTO – Este estudo representa um marco significativo para a advocacia brasileira, oferecendo insights valiosos para a evolução da profissão e o fortalecimento da representatividade dentro da OAB.