Quando comparada com agosto do ano passado, a produção goiana teve alta de 4,5% na série sem ajuste sazonal, quarta alta consecutiva.
De janeiro a agosto de 2022, a indústria goiana acumula alta de 1,7%. Os crescimentos experimentados neste ano estão prestes a reverter a variação acumulada em 12 meses, que ainda segue em queda de 0,2%.
Na análise da produção industrial brasileira, observam-se queda frente a julho deste ano (-0,6%), e alta quando comparada à produção nacional de agosto de 2021 (2,8%).
As oscilações registradas até o momento não foram suficientes para reverter os acumulados negativos do ano e dos últimos 12 meses, -1,3% e -2,7%, respectivamente.
Alimentos
Para explicar a alta de 4,5% da produção industrial goiana em agosto de 2022, na comparação com mesmo período de 2021, investigam-se as principais atividades que compõem a indústria goiana.
A seção de Fabricação de produtos alimentícios teve a maior influência para a alta do mês, registrando crescimento de 9,5% na comparação entre o mesmo mês de anos diferentes. É a segunda alta consecutiva, puxada pela produção de óleo de soja refinado, açúcar cristal, resíduo da extração de soja, óleo de soja em bruto e açúcar vhp.
A Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos cresceu 19,1%, sexta alta consecutiva, principalmente com o aumento da produção de estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, latas de ferro e aço para embalagem de produtos diversos e esquadrias de alumínio.
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis teve alta de 4,0% no mês, atingindo a quarta alta consecutiva em 2022. Esse resultado gera acúmulo positivo de 2,8% no ano e negativo de 4,0% em 12 meses.
Três atividades industriais apresentaram queda em agosto de 2022 no estado. Fabricação de outros produtos químicos caiu 28,0% em agosto, sétima queda no ano. Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 5,9%, segunda queda consecutiva.
Fabricação de produtos de minerais não metálicos (-1,4%), quarto recuo consecutivo.
Indústria extrativa
A seção das Indústrias Extrativas também contribuiu para o resultado positivo no mês de
agosto frente ao mesmo período do ano anterior.
Ela alcançou alta de 3,3%, 16ª alta consecutiva, acumulando 8,5% e 13,6% no ano e em 12 meses, respectivamente. O avanço registrado se deve ao aumento da extração das castinas e pedras calcárias, pedras britadas e amianto em fibras ou em pó.
Estados
Na série com ajuste sazonal, 7 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas, com
destaque para Pará (-6,2%), Santa Catarina (-4,8%) e Espírito Santo (-3,9%), com o primeiro local eliminando parte do ganho de 15,2% acumulado nos meses de junho e julho; o segundo interrompendo quatro meses consecutivos de taxas positivas, período em que registrou expansão de 8,9% e o último acumulando perda de 12,6% em três meses seguidos.
Bahia (-2,8%), Minas Gerais (-1,9%), Paraná (-1,5%) e Ceará (-0,8%) completam o conjunto de locais com índices negativos em agosto de 2022, enquanto Pernambuco mostrou variação nula (0,0%).
As expansões mais intensas foram no Amazonas (7,0%) e Rio de Janeiro (3,3%), com o primeiro local eliminando a perda de 4,0% acumulada nos meses de junho e julho de 2022; e o segundo intensificando a expansão de 1,3% verificada no último mês.
As demais taxas positivas foram em São Paulo (2,6%), Mato Grosso (2,1%), Goiás (1,8%), Região Nordeste (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,1%).
PIM-PF
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) gera indicadores de produção mês a mês para as indústrias extrativa e de transformação. As informações nos permitem analisar o nível da produção ao longo do tempo para uma mesma unidade da Federação ou entre unidades da Federação, em diferentes setores de atividade.