Esses números reforçam, portando, a importância da criação de políticas públicas para dar o suporte às mulheres que necessitam sair da situação de violência, para que recebam o atendimento necessário e a devolução de sua dignidade.
Na manhã desta segunda-feira, 28/8, Anápolis recebeu o evento Agosto Lilás da Agência Goiana de Habitação (Agehab), que tem por objetivo divulgar e ampliar projetos de moradia às mulheres vítimas de violência doméstica.
A inciativa conta com o apoio da Prefeitura de Anápolis. O evento, no Teatro Municipal, recebeu dezenas de autoridades civis e militares, entre elas, cerca de 20 prefeitos e primei-damas de várias cidades goianas, interessadas, também, em colocar no elenco de prioridade ao combate à violência doméstica, a ferramenta de moradia.
Uma ferramenta, conforme destacou o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, fundamental para que a mulher vítima de violência doméstica possa se libertar do agressor e, assim, quebrar o ciclo de violência.
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A Agehab, com a parceria do município, está disponibilizando dois programas sociais: um é o “Para ter onde morar”, que consiste na oferta de casas a custo zero e o “Aluguel Social”, um projeto que visa atender as demandas de forma mais imediata.
No Aluguel social a vítima recebe uma ajuda de R$ 350 por mês, durante um período de até 18 meses.
Em ambos os programas, de acordo com Baldy, a mulher vítima de violência é colocada como prioridade. No Para ter onde morar, a escritura do imóvel é registrada no nome da beneficiária.
Acolhimento
O prefeito Roberto Naves destacou, no evento, que Em Anápolis as políticas sociais relacionadas à violência contra a mulher têm avançado.
Ele citou que o município é o primeiro em Goiás a contar com uma casa de acolhimento voltada exclusivamente ao acolhimento de mulheres vítimas de violência.
A primeira-dama e deputada estadual, Vivian Naves afiançou que irá trabalhar, na Assembleia Legislativa, no sentido de aprovar projetos que visem flexibilizar o acesso das vítimas nos programas habitacionais.
A legislação atual prevê que que para ter o benefício, é necessário comprovação de residência de três anos no estado. Além disso, a vítima não pode ter outro imóvel que esteja em seu nome.
A remoção desses entraves é importante para ampliar o acesso.
A solenidade teve a presença dos deputados federais Sylvie Alves e Adriano Avelar; vários vereadores e integrantes de entidades e instituições ligadas á defesa e garantia de direitos das mulheres.