O prefeito Márcio Corrêa coordenou nesta terça-feira (7/10), uma frente de trabalho que irá atuar de forma integrada para dotar o município de Anápolis de um plano emergencial para combater a desorganização de fios e cabos nos postes de energia.
Os trabalhos começaram por volta das 13 horas e avançou, em reuniões sucessivas, até quase o início da noite, quando o prefeito, o representante do Ministério Público e da Equatorial Energia, concederam entrevista coletiva à imprensa para falar sobre o plano.
As reuniões contaram com representações das empresas que realizam o compartilhamento de postes com a Equatorial, para serviços de internet, streaming, telefonia e outros.
Segundo explicou Márcio Corrêa à imprensa, essa ação emergencial terá um prazo de 180 dias para que seja realizada a execução do plano de trabalho, cujo objetivo é trazem ordem à fiação solta, sem identificação ou em situação irregular.
“Mas nós também pensamos Anápolis para os próximos 10, 20 anos”, enfatizou Corrêa, destacando que esse trabalho deverá ter caráter contínuo e nesta fase haverá reuniões mensais de avaliação.
Dentro dessa premissa é que, na oportunidade, foi lançado o programa Anápolis Rede Segura.
O prefeito manifestou que cada qual deve fazer o seu papel, ou seja, a Equatorial Goiás, com a fiscalização dos postes e as empresas trabalhando e seguindo a regulamentação para a manutenção correta dos seus serviços.
O município, nessa frente emergencial, continuará com a força tarefa que já está realizando a retirada dos cabos “mortos”, em desuso. E continuará cobrando a devida fiscalização e o cumprimento da legislação.
“Nós lançamos hoje o programa Anápolis Rede Segura, para que a gente possa trazer tranquilidade e, sobretudo, mais segurança para toda a população.
Além de evitar novas tragédias na cidade, como a que vitimou o garoto João Victor, de 10 anos de idade, que veio a óbito após ter contato com um cabo energizado que estava solto na rua.
Ainda na entrevista, Márcio Corrêa informou que vai organizar uma agenda de visitas a cidades que tenham experiências positivas no enfrentamento desse problema, que afeta centenas de cidades de médio porte por quase todo o país.
Equatorial Goiás
O gerente de serviços técnicos e comerciais da Equatorial Goiás, Leandro Chaves de Melo, esclareceu que a companhia desde que entrou em operação no estado, vem fazendo a fiscalização.
Segundo ele, em cerca de dois anos e meio, no município, foram 5 mil postes fiscalizados, os quais apresentaram em torno de 20 mil irregularidades.
“Nós agimos muito antes do momento que a gente está vendo aqui hoje. E hoje a gente tem uma força da Prefeitura, do Ministério Público, das empresas de telecomunicação e das outras empresas que fazem uso dessa infraestrutura para a gente poder fazer essa correção”, frisou o representante da concessionária.
Ministério Público
Titular da 15ª Promotoria do Ministério Público em Anápolis, o promotor de Justiça Alberto Francisco Cachuba Júnior, por sua vez, acredita que essa ação que está agora acontecendo, pode colocar Anápolis numa posição de referência nacional em relação à solução do problema.
“Já saímos com uma reunião marcada para primeira terça-feira do mês que vem para a gente ir trabalhando. Vai ser criado um grupo de WhatsApp, com os principais atores para a gente ir tratando de todas as partes práticas, os problemas, dificuldades que aparecerem”, informou.
“A grande vantagem da reunião é que a gente colocou essa responsabilidade de uma forma difusa de todas as empresas atuarem em conjunto na situação, não especificamente só no seu cabo. O que torna mais fácil essa ação, porque muitas vezes às vezes você tem alguns cabos que não são identificados. Essa divisão de tarefas entre elas é que é o grande fator decisivo, eu acho, na solução do problema”, completou o representante do MP.
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