Decisão limita vendas até comprovação de estoque e cria regras de atendimento aos consumidores
A Justiça de Goiás proibiu a WePink, marca de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, de realizar lives de vendas até que a empresa comprove ter produtos suficientes para atender todos os pedidos. Além disso, a decisão, em caráter liminar, ocorreu após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) receber diversas reclamações de clientes. Eles relataram atrasos na entrega, falta de reembolso e descumprimento de ofertas, o que motivou a ação judicial.

Multa
O juiz aplicou multa de R$ 100 mil por ocorrência caso a empresa descumpra a ordem. Também, Virginia e os sócios Thiago Stabile e Chaopeng Tan podem ser responsabilizados. A WePink afirmou que os problemas começaram devido ao alto volume de vendas, que rapidamente esgotou os estoques e comprometeu a entrega. Por isso, a decisão busca proteger os consumidores e garantir que todos os pedidos sejam atendidos corretamente.
Além disso, a liminar determina que a WePink crie, em até 30 dias, um canal de atendimento humano, acessível por telefone e outros meios. Esse canal deve oferecer resposta inicial em até 24 horas. A marca também precisa publicar informações claras em suas redes sociais e site sobre os direitos dos consumidores. Entre essas orientações estão os procedimentos para cancelamentos, trocas e reembolsos. Consequentemente, se a empresa descumprir essas medidas, poderá receber multa adicional de R$ 1 mil por ocorrência, além das penalidades já previstas.
O MP também solicitou que a empresa apresente a lista completa de todas as reclamações recebidas desde o início das operações. Por fim, uma audiência de conciliação está marcada para 9 de dezembro de 2025, às 13h30, no Fórum de Goiânia. A reunião será presencial e também transmitida via Zoom, permitindo que os participantes acompanhem de forma remota.