Conhecido também como PSA, o clube amador surgiu para garantir oportunidades para as futuras promessas do futebol de Anápolis
Apesar de Anápolis contar com três times profissionais, ainda falta espaço para jovens da cidade exercerem a paixão que os move, que é jogar futebol. Seja até mesmo na escolinhas, que cobram quantias cada vez maiores e mais difíceis de serem arcadas pelas famílias carentes de futuras promessas. Com a situação desenhada, surgiu o Projeto Social Anapolino, o PSA.
“Nosso projeto social é voltado principalmente para atletas da nossa cidade que nao podem pagar mensalidades, além disso, vamos trabalhar a parte educacional, psicológica, socioeconômica, relacionamento familiar e o principal, a vida com Deus”, pontuou Juarez Cesar, um dos idealizadores do clube amador. Mesmo com pouco tempo desde sua criação, o PSA já conta com cerca de 35 atletas nas categorias sub-16 e sub-18.
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O curto tempo de vida também não impossibilitou a estrutura básica do projeto. Embora ainda não conte com patrocinadores para agregar ainda mais com o clube, o PSA conseguiu um campo para a realização de treinos junto com a prefeitura de Anápolis. O espaço no Setor Pedro Ludovico, próximo ao Ceasa, tem sido palco dos treinamentos da equipe, que acontecem nas segundas, quartas e sextas, todos às 15h. Conforme citado por Juarez, as portas estão abertas para atletas nascidos entre 2003 e 2008.
O primeiro objetivo do clube, dentro de campo, já foi definido pela organização do PSA. A equipe irá disputar o Campeonato Regional de Base, que contará com times de Anápolis, Nova Veneza, Vianópolis e Abadiânia. Os atletas do Projeto Social Anapolino vem mantendo a forma com amistosos recentes, visando o melhor desempenho na competição afim de aumentarem ainda mais a vitrine futebolística a qual integram.
Descaso dos times e origem do PSA
Ex-dirigente e conselheiro da Anapolina, Juarez encerrou seu vínculo nos últimos meses, relatando problemas com a diretoria da Rubra. Após sua saída, não tardou para que atletas e funcionários, naturais ou moradores da cidade, fossem mandados embora. Ao fim, sobrou apenas um jogador anapolino no plantel.
Insatisfeito e comovido com a situação, Juarez decidiu agir e foi juntando forças para a criação do PSA. O projeto saiu do papel e conseguiu acumular doações de apoio, mantendo o sonho dos jovens atletas vivo. “Aqui é projeto social, ninguém vai pagar nada para jogar, então temos de correr atrás de recursos para fazer esse trabalho, que Anápolis não tem. Toda escolinha tem que pagar, Anápolis e Anapolina tão cobrando até mil reais por atleta para treinarem lá. Então, quem não tem condição não vai poder jogar bola mais?”.
Semelhanças com o time europeu
Em um primeiro momento, é possível enxergar as semelhanças do escudo do PSA com o de um time bem conhecido no cenário mundial: o Paris Saint-Germain, o PSG, dos craques Neymar e Messi. A coincidência, no entanto, foi pensada desde a criação do nome do projeto, que, a princípio, se chamaria Projeto Social Goiano, ficando com as mesmas siglas do time europeu.
“Olhamos pela cidade e vimos que já tinha uma escolinha do PSG em Anápolis, aí não poderíamos ficar com o mesmo nome, para não misturar. Resolvemos mudar para PSA, mas quando tivemos a ideia inicial, resolvemos fazer nosso escudo parecido com o do PSG, tirando a Torre Eiffel e colocar um dos símbolos da nossa cidade, aí colocamos o Mirage”, salientou Juarez.
O avião, definitivamente, remete à Anápolis, sendo sede de uma das bases da Força Aérea Brasileira, a ALA 2. No entanto, Juarez afirma que não há parceria com o espaço, mas que, de qualquer modo, o “avião vai decolar e levar esperança para muitas famílias através do esportes e do apoio de pessoas do bem”.