No início dos anos 2000, por volta de 2004, 2005 e 2006, o noticiário não se encarregava de outros assuntos na região de Anápolis que não fossem o crescimento industrial do Município. Foi a era de ouro da Plataforma Multimodal; da Ferrovia Norte Sul; da ampliação do DAIA; do Porto Seco, da Ferrovia Norte Sul e da expansão da proposta industrial como um todo. E, foi por conta disso, que grandes conglomerados passaram a ver Anápolis como o novo “eldorado econômico”, tendo em vista a propaganda que se fazia a respeito do assunto.
Pois bem… devido a tudo isso, os investimentos se seguiram e muita gente acreditou. Foi a partir de então que se construíram quatro hotéis de boa qualidade, empresas buscaram adquirir áreas para futuros investimentos e outras, até, trouxeram parte, ou a totalidade de seus parques fabris e logísticos para o Município. Grandes empresas por sinal.
Uma delas foi a DHL, de capital alemão e tida como uma da maiores (se não for a maior) empresa especializada em logística e distribuição de bens e serviços do mundo. Foi uma festa: prefeitos da região; governador da época (Marconi Perillo); senadores; deputados; empresários, etc. Muita “gente importante” veio prestigiar o evento. Logo, a empresa começou a funcionar de fato. Só que, os anos que se seguiram, não trouxeram os investimentos anunciados. A Plataforma Multimodal nunca funcionou e ninguém sabe quando é que vai funcionar. A Ferrovia Norte Sul só serviu para mote político em campanhas eleitorais. O Centro de Convenções, apesar de ser considerado pronto e acabado, nunca serviu para coisa alguma. Os hotéis que sobreviveram, andam a duras penas, sem hóspedes e sem clientes. A ampliação do DAIA virou tema de chacota e de piada.
Com isso, várias empresas colocaram “o pé no freio” e deixaram de investir. Outras desistiram de vir para Anápolis e algumas outras bateram asas em retirada. Uma delas, foi, justamente, a DHL, que funcionava às margens da BR 060, área contígua ao DAIA. E, agora, para a decepção de muitos anapolinos, esta empresa anuncia o início de suas operações em Aparecida de Goiânia, onde, em pouco tempo, conseguiu área, incentivos, mão de obra, logística e tudo mais. Segundo cálculos, ela vai fazer subir em 42 por cento o PIB (produto interno bruto) de Aparecida. De 14 para 20 bilhões de reais. Enquanto Anápolis….