“Quem tem um porquê, não precisa se preocupar com o como.” (Victor Frankl)
Frankl foi um psiquiatra e filósofo austríaco que desenvolveu a logoterapia, uma abordagem terapêutica que busca ajudar as pessoas a encontrar significado na vida. Prisioneiro no campo de concentração, perdeu toda sua família durante o holocausto. Massacrado psicológica e fisicamente neste período de extrema opressão, percebeu que o grande desafio na prisão era conseguir manter a mente firme em tempos de grandes privações. As pessoas ao seu redor perdiam a esperança e eram dominadas pelo desânimo e falta de perspectiva. Significado e propósito eram essenciais para a sobrevivência.
A lógica do pensamento de Frankl pode ser resumida em três pontos chaves:
- Trabalho: realizar algo significativo e contribuir para o bem-estar dos outros. Ter uma atividade produtiva é extremamente importante para que a mente seja saudável. Na prisão, as pessoas que se dedicavam ao cuidado dos outros e conseguiam realizar tarefas, sempre eram capazes de superar as privações com menos ansiedade.
- Amor: Relacionamentos significativos tem enorme poder de trazer cura e renovar o coração. Os prisioneiros precisavam de conexão afetiva para a sobrevivência.
- Significado em meio ao sofrimento. “Quem tem um porquê, não precisa se preocupar com o como.” O problema não é o que fazem conosco, mas como reagimos àquilo que fazem conosco. As pessoas poderiam privar os prisioneiros de qualquer coisa, menos do direito de serem livres interiormente.
Para Frankl, a busca por significado e propósito é fundamental na vida humana. Ele chamava isto de Logos (propósito). Dai sua terapia ser conhecida por logoterapia. O que dá razão à vida é a questão do Logos. Uma razão para viver. A capacidade de tomar consciência do próprio pensamento, emoção e comportamento para encontrar significado.
Suas obras clássicas são “O homem em busca de sentido” e “A Psicologia do Presente”. Duas coisas cooperaram na construção da sua visão:
A. Suas experiências pessoais. Frankl sobreviveu ao Holocausto, passando por vários campos de concentração, incluindo Auschwitz. Neste ambiente diário de tensão, era comum questionar o sentido da vida. Sua perda e dor marcaram sua percepção. Ele perdeu família e amigos, e necessário encontrar um sentido mais profundo para a vida, que transcendesse a macabra realidade.
B. Sua experiência profissional. Como psiquiatra percebeu que o significado pode ser uma fonte de resiliência, ajudando as pessoas a lidar com o sofrimento e a encontrar esperança em situações difíceis. Sentido e propósito, se tornaram indispensáveis.
Isto tudo o levou a conclusão essencial: “Quem tem um porquê, não precisa se preocupar com o como.”
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