Claudius Brito
Anápolis integra o seleto rol de cidades brasileiras que contam com uma rede estruturada para o atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais. Esse trabalho, na prática, já vem funcionando de algum tempo para cá, mas agora foi oficializado.
Na tarde desta sexta-feira, 03/12, durante solenidade realizada no auditório do Fórum, foi assinado o protocolo de criação da rede.
O evento foi coordenado pelo juiz Carlos Limongi Sterse, da Vara da Infância e Juventude, e pelo gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Marco Aurélio da Silva Lima.
Na ocasião, o magistrado ressaltou que a ideia surgiu por conta de alguns casos levados ao juizado, sobretudo, pelos conselhos tutelares, de situações de automutilação e tentativas de autoextermínio de menores e adolescentes.
Tal situação trouxe o debate sobre a criação da rede, não só para estes casos específicos, mas para outros casos de transtornos mentais em crianças e adolescentes.
A partir de 2018, o protocolo começou a ser elaborado e, desde então, vários “atores” foram se juntando à iniciativa. E, a partir daí, segundo Marco Aurélio, foram várias e várias reuniões para estruturar e definir os papeis de cada um desse atores na rede.
“Hoje, temos a materialização desse trabalho, com a assinatura do protocolo”, comemorou o juiz Carlos Limongi, que recentemente teve um trabalho de sua autoria, de criação de uma rede para atendimento de crianças e adolescentes vítimas e violência, abusos e mais tratos, premiada pelo Conselho Nacional de Justiça.
“Queremos que essa nova rede seja também uma referência”, .
ressaltou Carlos Limongi
O evento no Fórum contou com representantes de vários órgãos da Prefeitura, ligados, principalmente, às secretarias de Saúde, Educação e de Integração Social; representantes dos Conselhos Tutelares; representantes das forças de segurança- Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros; SAMU; Centro de Atendimento Socioeducativo (Case); Juizado da Infância e Juventude; unidades hospitalares; Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE); Ministério Público; dentre outros.
Carlos Limongi e Marco Aurélio destacaram que a rede prestará, através de todos os parceiros, atendimento prioritário e humanizado às crianças e adolescentes com transtornos mentais. E, daqui em diante, as reuniões continuam, sempre buscando o aperfeiçoamento desse atendimento.
Sou diretor de uma osip que atua no acolhimento institucional de crianças e adolescentes…Nos últimos anos recebemos varios adolescentes com problemas mentais e tivemos muitos problemas para auxiliar e tratar esses adolescentes, principalmente por nao conseguir especialistas na rede municipal de saude.