O Partido dos Trabalhadores – que tem a maior bancada na Câmara Municipal, com seis cadeiras – garantiu mais dois anos à frente da presidência da Casa. Na quarta-feira, 10, durante a última sessão ordinária do ano, foi realizada a eleição para a composição da Mesa Diretora, que é formada pelos cargos de Presidente; Vice-Presidente e 1º; 2º, 3º e 4º secretários.
Apenas uma chapa foi inscrita, encabeçada pelo vereador Lisieux José Borges (PT), o vereador Amilton Filho, como Vice-Presidente e, ainda: Fernando Cunha – PSDB, 1º secretário; Jakson Charles – PSB, 2º secretário, Wederson Lopes (PSC); 3º secretário e Gleimo Martins (PTN), 4º secretário. A nova Mesa Diretora irá conduzir o Legislativo durante o biênio 2015-2016. A posse dos eleitos ocorrerá no dia 1º de janeiro próximo.
O fato de uma única chapa ter sido inscrita para eleição, não significou que houve unanimidade em relação à formação da mesma. Conforme determina o Regimento Interno da Câmara, a votação é feita cargo por cargo e os vereadores, ao darem o voto, devem falar o nome do seu escolhido. O fato mais curioso deu-se na eleição para a presidência, em que houve seis abstenções, ou seja, os parlamentares não quiseram consagrar o voto ao candidato de “consenso” Lisieux Borges. Foram eles: Vespasiano Reis (SD); Sargento Pereira (PSL); Pedrinho Porto Rico (PROS); Jakson Charles (PSB), Wederson Lopes (PSC) e Gleimo Martins (PTN). Detalhe: os três últimos são integrantes da chapa única. O petista, entretanto, obteve 17 votos favoráveis e, com isso, garantiu a sua eleição. Para os demais cargos, o placar foi de 22 a favor dos candidatos e uma abstenção, registrada pelo Vereador Pedrinho Porto Rico.
O presidente eleito Lisieux Borges reconheceu que foi uma eleição difícil e que, em alguns momentos, vislumbrou a possibilidade de não alcançar os 14 votos necessários para a eleição. E, quanto aos colegas que se abstiveram de votar em seu nome, o petista afirmou que não vê nenhuma questão “de ordem pessoal” e que todos devem estar com ele, trabalhando em prol de uma boa gestão da Casa.
Arrocho
Lisieux Borges disse que, a partir da próxima semana, estará juntamente com o atual presidente, Luiz Lacerda (PT), avaliando a situação da Casa que, em 2015, poderá sofrer um corte de parte do seu duodécimo. O que ocorrendo, obrigará a Mesa Diretora a adotar medidas de economia. Um parlamentar, que preferiu não se identificar, revelou que o duodécimo – repasse mensal feito ao Legislativo pela Prefeitura – poderá encolher em cerca de R$ 200 mil. O futuro Presidente da Câmara também falou sobre a participação do Prefeito João Gomes, de seu partido, na eleição. O parlamentar enfatizou que o chefe do Executivo ajudou a fortalecer o seu nome na disputa.
Balanço
O presidente Luiz Lacerda disse que a eleição com chapa única foi importante, no sentido de garantir a governabilidade para a futura Mesa Diretora. “É bom que tenhamos o consenso, como também, é democrático quando há disputa”, avaliou, assegurando que, no geral, a eleição transcorreu de forma tranquila. “O consenso fortalece o Legislativo. Conseguimos isso com a união e a compreensão dos vereadores”, reforçou.
Luiz Lacerda destacou que encerra o seu mandato com “o dever cumprido”. Segundo ele, houve muitos avanços no mandato atual da Mesa Diretora, citando entre algumas conquistas as medidas para dar mais transparência às ações da Casa e o início da construção da nova sede do parlamento. Por outro lado, ele destacou que o seu maior legado foi colaborar “com a paz política e administrativa em Anápolis”.