O vice-presidente regional e membro do Diretório do Partido dos Trabalhadores em Anápolis, afirma que a legenda já está dialogando com outras siglas para a definição da aliança que será formada em torno da provável candidatura à reeleição do Prefeito Antônio Gomide. Segundo Céser, essa aliança deve seguir a base que apoia, em nível nacional, a Presidente Dilma Rousseff. “Com os partidos da base, a aliança já está automaticamente autorizada”, enfatizou, acrescentando que outros partidos também poderão fazer parte da composição.
De acordo com Céser Donizete, uma posição deve ser tomada a partir de abril, quando o PT irá realizar um encontro no qual deve eleger os delegados para as reuniões que irão decidir sobre a questão. A sucessão nos municípios também estará na ordem do dia dos 13 encontros regionais que a legenda vai promover em pontos estratégicos do Estado. Hoje, disse, o PT conta com 14 prefeituras e a meta para a eleição de outubro, é conquistar 30 prefeituras em Goiás. Ou seja, mais do que dobrando a sua representação.
O desafio, assinala César Donizete, é grande já que é preciso uma atenção especial aos grandes colégios eleitorais onde o PT está presente, como é o caso de Anápolis e de Goiânia. Porém, ele acredita que fazendo boas composições, será possível alcançar o objetivo. No caso da Capital, onde alguns integrantes do PMDB defendem o lançamento de candidatura própria, o dirigente petista observa que esse posicionamento não reflete o que quer a maioria daquele partido, que é a aliança com o PT. Ele não acredita que os problemas em Goiânia possam, de alguma forma, refletir no processo político de Anápolis, onde o PMDB é, também, um parceiro preferencial. Isso por que, a aliança poderá avançar mais, ou seja, até 2014 na eleição para Governador. “Primeiro, é preciso que a gente se fortaleça e as eleições municipais são um bom caminho”, acredita. Há dentro do PT um anseio de que o PMDB possa, na sucessão de Marconi Perillo, apoiar um nome do PT, já que o Partido dos Trabalhadores, observou, apoiou as candidaturas de Íris Rezende à Prefeitura de Goiânia (2008) e ao Governo do Estado (2010). Seria natural, mas Céser Donizete, experimentado na política, sabe que é preciso caminhar muito ainda.
Quanto a Anápolis, o dirigente petista ressalta que o princípio para a formação da aliança será convergência em um bom projeto para a Cidade. “Nós vamos ter até 30 de junho para fazer as amarrações. Temos o projeto para a reeleição de Antônio Gomide e queremos ampliar o leque de partidos e, com isso, fazer uma boa campanha e termos um projeto ainda melhor para Anápolis, caso vençamos”, destacou. Para ele, o fato de a Administração Municipal contar com cerca de 80 de aprovação popular, “nos dá um vantagem para conversar com os partidos. Depois dessa conversa, aí sim, vamos estudar de que forma será a aliança.
A respeito da indicação do nome do vice para compor a chapa majoritária que poderá ser encabeçada por Antônio Gomide, Céser Donizete diz que essa questão ainda não é o cerne do debate. “Nós sabemos que os partidos querem participar e cada um tem o seu objetivo dentro de uma campanha, para uns [partidos] é compor para a eleição proporcional, de vereador, para outros é estar na chapa majoritária. O PT também tem as suas pretensões, mas nada será feito por imposição. Nós queremos um vice que seja para ajudar e não para atrapalhar”, avisou.
Governo
Ainda em relação a 2014, o líder petista pondera que o PT não mira 2014 com nomes. Nos últimos dias, alguns veículos de comunicação têm apontado que Antônio Gomide seria uma aposta para a disputa estadual. Porém, diz Céser Donizete, não há nada ainda discutido em relação a isso e o que se busca é fortalecer a aliança política junto com o PMDB e outros partidos da base. “Lá na frente, a gente vai ver quem está melhor. Se queremos vencer [em 2014], precisamos juntar forças e não marcar o jogo agora”, alertou.