Presentes no vocabulário quando o assunto é alimentação saudável, esses termos ainda causam confusão
Micheli Esberard
Amaury Esberard
Alimentos Funcionais são aquelas que, além de terem suas funções de saciedade e ser fonte de macro e micro nutrientes, também auxiliam na prevenção ou tratamento de algumas doenças como diabetes e hipertensão. Com o constante envelhecimento da população e o agravante de estilos de vida como estresse e ansiedade, os alimentos funcionais se mostram como coadjuvantes para a melhora na qualidade de vida.
Os japoneses, nos anos 80, foram os pioneiros no sentido de qualificar os alimentos nessa categoria, onde eles concluíram que alimentos funcionais eram aqueles que tinham “uso de saúde”. Dentre os países da América Latina, o Brasil foi o primeiro a criar legislação específica para os alimentos com efeito potencialmente benéfico, reconhecendo a sua importância para uma melhor condição de saúde de sua população.
Temos como exemplo de alimentos funcionais o óleo de peixe, que contém os ativos conhecidos como Ômegas 3 e 6. Alguns pesquisadores observaram que os moradores de locais que tinham peixes e frutos do mar como base de sua alimentação, os esquimós, tinham o risco de desenvolver problemas cardíacos menores.
Outro alimento funcional que traz esse beneficio – de ser um redutor de complicações cardíacas – é o vinho. Foi observado que, os franceses, que possuem consumo de vinho diário e constante, também são beneficiados com as propriedades funcionais da uva, que é a matéria prima do vinho.
Temos ainda os prebióticos e probióticos, que estão relacionados a boa saúde do intestino. São dessa categoria os alimentos conhecidos como “Berry” que são os morangos, cerejas e amoras, que possuem ação preventiva ao dano oxidativo que está relacionado ao câncer.
E os Nutracêuticos?
Cada vez mais famosos nesse cenário de melhorar a qualidade de vida, os Nutracêuticos são produtos que contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos (vitaminas, minerais, ômega 3) que foram isolados ou purificados de alimentos e que são comercializados sob a forma de preparações medicinais, sendo utilizados para suplementar a dieta. Podem encontrar-se sob a forma de cápsulas, comprimidos, pó ou outras preparações, NUNCA assumindo, no entanto, a forma de alimento.
Para explicar de forma bastante clara a diferença entre nutracêuticos e alimentos funcionais temos o seguinte exemplo: O tomate é um alimento funcional. Uma cápsula contendo licopeno, um componente extraído do tomate, é um nutracêutico. Também são nutracêuticos populares a glucosamina, óleo de linhaça, de peixe, de alho, spirulina, colágeno associado a vitaminas, licopeno, astaxantina, semente de uva, quitosana e os flavonoides.
Estes últimos podem atuar como antioxidantes potentes e quelantes de metais. Eles também têm sido reconhecidos por suas atividades antiinflamatória, antialérgica , hepatoprotetora , anti-trombótica, antiviral e anti-carcinogênica.
Serviço: Os itens citados nessa reportagem podem ser encontrados no Health Market Simples Natural, na avenida Santos Dumont, quase em frente à praça Badia Daher, no bairro Jundiaí.