A tensão entre Estados Unidos e Brasil, impulsionada por Donald Trump, transcende um simples “desconforto diplomático”. Vai além de disputas comerciais e tributárias, incorporando elementos de ideologia, xenofobia, intolerância e vaidade. Essa combinação desnecessária gera instabilidade global, afetando grande parte da humanidade. Não se trata apenas de economia, mas de um complexo emaranhado de questões que colocam em risco relações internacionais cruciais.
No Brasil, essa “briga” acendeu um sinal de alerta, impactando diretamente a diplomacia e a economia. Apesar de prejudicar ambos os países, os brasileiros sentem mais o peso, pois os Estados Unidos sempre representaram um sonho para muitos – seja conhecer Nova Iorque, estudar lá, ou visitar a Disney. Esse estremecimento nas relações dificulta significativamente a realiza- ção desses projetos pessoais e profissionais, que são aspirações de grande parte da população.
Do ponto de vista econômico, a situação é ainda mais grave. Grande parte dos conglomerados produtivos brasileiros depende do mercado norte-americano. Embora alternativas como a China existam, a cultura e a expertise necessárias para essa transição ainda são incipientes. Produtores, especialmente os goianos, veem com grande preocupação os rumos que essas relações estão tomando, temendo perdas financeiras significativas em suas operações.
Produtores buscam primordialmente gerar bens de consumo e vendê-los, preferencialmente para o mercado externo, onde recebem em dólar ou euro. Para eles, as desavenças políticas entre governantes são secundá- rias. Com gado gordo, milho, soja e minérios aguardando compradores, a falta de resolução das questões tarifárias pode resultar em prejuízos financeiros vultosos, afetando diretamente a cadeia produtiva e a economia do país.
No regime capitalista, a frase “Capital não tem pátria. Ele gosta de ser bem tratado”, atribuída a Graciliano Ramos e inspirada em Marx, é pertinente: quem tem mais dinheiro, manda. Os americanos possuem muito mais capital que os brasileiros. Se os negócios com o Brasil forem travados, eles buscarão outras nações que priorizam o desenvolvimento socioeconômico em vez de ideologias, tornando imperativo uma reavaliação de conceitos.
Embora os mais abastados possam ter reservas financeiras para atravessar períodos difíceis, a persistência da crise afetará a todos. Ninguém está imune aos seus efeitos. Para evitar um cenário de perdas generalizadas e impactos imprevisíveis em diversas camadas da sociedade, é crucial que os líderes encontrem soluções para essas questões. O bem-estar econômico e social depende de uma resolução eficaz e rápida.
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