Especialista de Anápolis fala sobre indicação, e dá dicas para a durabilidade dos materiais

O número de cirurgias de prótese de quadril e joelho no Brasil tem aumentado significativamente, impulsionado pelo envelhecimento da população. Dados recentes indicam que, em 2023, o índice de envelhecimento chegou a 80 idosos para cada 100 crianças, refletindo uma demanda crescente por tratamentos ortopédicos. Um alerta para a necessidade de investimentos em infraestrutura e recursos humanos para atender à crescente demanda por artroplastias, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse sentido, o Brasil enfrenta um aumento significativo na demanda por cirurgias de prótese de quadril e joelho, reflexo direto do envelhecimento da população. Dados do Censo 2023 apontam que o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos, passando de 14 milhões para cerca de 22,2 milhões.
Esse cenário tem sobrecarregado o Sistema Único de Saúde (SUS), que enfrenta dificuldades para atender a essa demanda crescente. Segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Ortopedia, o aumento no número de cirurgias realizadas no Brasil ainda é inferior à demanda existente, evidenciando a necessidade de investimentos em infraestrutura e recursos humanos para atender adequadamente a população.
Novas técnicas
Por outro lado, os avanços nas técnicas e materiais utilizados nas cirurgias de prótese de quadril e joelho têm apresentado resultados positivos, proporcionando aos pacientes alívio da dor e melhoria na mobilidade. O Dr. José Vinícius Tronconi, ortopedista especialista em cirurgia de quadril e joelho, destaca que os resultados das cirurgias melhoraram significativamente. “Há 30 anos, as pessoas eram condenadas a conviver com dor constante ou até mesmo permanecer em cadeiras de rodas. Hoje, as cirurgias de reconstrução do quadril proporcionam melhora expressiva na qualidade de vida”, afirma.
Complexas nas décadas passadas, essas cirurgias evoluíram e há muito tempo são realizadas nos principais hospitais de Anápolis. A rotina do Dr. José Vinícius é de realizar pelo menos 4 delas semanalmente. “São cirurgias de 1 hora a 2 horas , em pacientes com mais de 60 anos, que utilizam próteses de titânio, que têm durabilidade média de 15 anos, ou com partes de contato feitas de cerâmica, mais caras, mas que podem chegar a 30 anos, dependendo do uso determinado pela rotina do paciente” detalha o cirurgião.
O especialista alerta para a importância da fisioterapia no processo de recuperação. “Sem fisioterapia, principalmente após cirurgia de joelho, a articulação pode “endurecer”:, comprometendo o resultado da operação. O acompanhamento é essencial para a readaptação e prevenção de complicações”, enfatiza. Seguindo todas as recomendações, o paciente tem uma recuperação rápida e sem dor.
Artrose e prevenção
A artrose, doença degenerativa que afeta as articulações, é uma das principais causas da necessidade de próteses de quadril e joelho. Dr. Tronconi explica que a artrose é caracterizada pela degeneração da superfície articular, com afinamento da cartilagem e inflamação da articulação, causando dor e inchaço.
Para prevenir a artrose, o especialista recomenda a prática regular de atividade física moderada, controle de peso e, quando indicado, suplementação para melhorar as articulações “A grande maioria dos casos de artrose não exige cirurgia. Com fisioterapia, medicação, exercícios e infiltrações, muitos pacientes conseguem manter uma vida normal sem dor significativa”, conclui.
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