Glaustin da Fokus (PSC) puxa fila dos postulantes a deputado federal com mais de R$ 3 milhões gastos em sua campanha com dinheiro público
Em comparação com as últimas eleições para o cargo, o dinheiro público gasto nas campanhas para deputado federal mais que dobrou no país. Em 2018, R$ 1 bilhão fora utilizado, enquanto para o pleito deste ano, o montante já chega na casa dos R$ 2,5 bi, em dados atualizados até a última quarta (21). Somente em Goiás, 28 postulantes à Câmara Federal utilizaram R$ 1 milhão ou mais do Fundo Eleitoral em suas campanhas políticas.
Buscando reeleição para a Câmara dos Deputados, Glaustin da Fokus (PSC) puxa a fila entre os que mais gastaram no Estado. O candidato encabeça não só a lista em Goiás, como também a de destinação de verba do Partido Social Cristão. Com R$ 3.160.000 gastos, o político de 48 anos também figura no top-10 nacional até o momento, em 10º.
Magda Mofatto (PL) e Silvye Alves (UB) completam o pódio estadual da categoria com gastos de, respectivamente, R$ 2.700.000 e R$2.661.951. A primeira, ex-prefeita de Caldas Novas, busca a reeleição para a Câmara dos Deputados, enquanto a ex-apresentadora do Cidade Alerta Goiás tenta sua primeira empreitada política, encabeçando projeto do União Brasil para deputado federal no Estado.
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Dentre o top-10 de maiores gastos de campanha em Goiás, destaque para Márcio Correa (MDB), como único candidato com base eleitoral em Anápolis. Em 2020, o empresário se lançou na corrida para o Executivo Municipal, ficando em 3º com pouco mais de 29 mil votos. Para este pleito, teve destinação de R$ 2,5 milhões, até o momento, para tentar angariar espaço em meio ao cenário político nacional. Vale ressaltar que Goiás dispõe de 17 assentos para a Câmara dos Deputados.
Destaques
Outros políticos lançados de Anápolis também vão acumulando gastos pomposos para o pleito de 2022. Rubens Otoni (PT), também dentro da lista dos que já ultrapassaram a marca milionária, utilizou R$ 1.803.000 em sua campanha eleitoral. Atual presidente da Câmara Municipal, Leandro Ribeiro (PP) utilizou R$ 700 mil provenientes do Fundo Eleitoral. Já Carlos Antônio (PSB), ex-vereador e deputado estadual, gastou R$ 410.260.
Cenário nacional
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o teto de gastos para uma campanha à deputado federal é de R$ 3.176.572. Em todo o Brasil, três candidatos ao cargo já ultrapassaram o limite somente com o dinheiro público envolvido: Joice Hasselmann (PSDB-SP), Fábio Macedo (Podemos-MA) e Geovania de Sá (PSDB-SC). O trio, na mesma ordem posta, encabeça a lista de campeões de uso do Fundão Eleitoral.
Campeões do uso do Fundão Eleitoral (Brasil)
- Joice Hasselmann (PSDB-SP) – R$ 3.221.073
- Fábio Macedo (Podemos-MA) – R$ 3.176.573
- Geovania de Sá (PSDB-SC) – R$ 3.176.573
- Heloísa Helena (Rede-RJ) – R$ 3.176.000
- José Serra (PSDB-SP) – R$ 3.175.000
- Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) – R$ 3.173.000
- Kassyo Ramos (PTB-AP) – R$ 3.170.000
- Fabíola Cabral (Solidariedade-PE) – R$ 3.170.000
- Maria Arraes (Solidariedade-PE) – R$ 3.170.000
- Glaustin da Focus (PSC-GO) – R$ 3.160.000
Campeões do uso do Fundão Eleitoral (Goiás)
- Glaustin da Focus (PSC) – R$ 3.160.000
- Magda Mofatto (PL) – R$ 2.700.000
- Silvye Alves (UB) – R$ 2.661.951
- Alcides Rodrigues (Patriota) – R$ 2.580.000
- Elias Vaz (PSB) – R$ 2.520.180
- Márcio Correa (MDB) – R$ 2.500.000
- Lêda Borges (PSDB) – R$ 2.350.000
- Eduardo Macedo (PTB) – R$ 2.299.989
- Zacharias Calil (UB) – R$ 2.060.976
- Sabrina Garcez (Republicanos) – R$ 2.002.000
- Célio Silveira (MDB) – R$ 2.000.000
(Com dados do Poder360 e TSE)