Mesmo com os seguidos apelos, campanhas e orientações feitos pelo sistema oficial (Governo Federal, governos estaduais e municipais), a prática de se incendiarem áreas com cobertura vegetal continua mais forte do que nunca por todo o Brasil. Os resultados disso são, por demais, conhecidos. Não há dúvidas de que as queimadas, seja em áreas rurais, seja em áreas urbanas, são altamente prejudiciais ao meio ambiente, à flora, à fauna e à vida dos seres humanos de maneira geral. Mas, em que pese tudo isso, praticamente todas as tentativas de se conter esse avanço prejudicial ao homem, prevalece, sem explicações mais convincentes.
E, quando se fala em queimadas, devastação do meio ambiente, não se trata, apenas, da Amazônia, ou, do Pantanal Matogrossense. Aqui mesmo entre nós, no Centro Oeste, em Goiás, esta prática nunca deixou de existir e, por sinal, cresce com o decorrer do tempo. Os números não mentem, são reais e muito preocupantes. As catástrofes se multiplicam e, pelo que parece, a população tem se acostumado a elas, tem as considerado normais. O que, na verdade, não o são. Um dos principais prejuízos está no sistema de energia elétrica. As companhias operadoras desse serviço registram inestimáveis prejuízos por conta do fogo que, invariavelmente, alcança as suas linhas de transmissão.
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Para se ter uma ideia, de janeiro até agosto deste ano já foram registrados 21 desligamentos provocados por fogo sob as linhas de transmissão de FURNAS. No decorrer de 2021, Goiás bateu recorde de queimadas após registrar 2.512 focos de incêndio por todo o Estado. Um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 2.031 ocorrências. Os números são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Por isso, a Eletrobras Furnas alerta para as consequências do impacto do fogo nas linhas de transmissão, o que pode comprometer o abastecimento de energia de cidades e regiões. Em 2020, a empresa contabilizou 124 desligamentos provocados por queimadas em seu sistema de transmissão. Só no Estado, onde a empresa possui 3.862 quilômetros de linhas de transmissão, foram registradas 38 ocorrências de janeiro de 2020 até agora. Os estados mais afetados, em geral, são Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. O sistema de transmissão de Furnas passa por esses estados onde, também, estão localizadas usinas e subestações da empresa. Está dado o recado.