Alderico Borges de Carvalho nasceu dia 20 de maio de 1904, em Anápolis. Filho de Dona Naiá Batista e de Albérico Borges de Carvalho. Era, por parte de mãe, neto do Intendente Municipal Coronel “Zeca Batista”. Estudou em Uberaba como interno do Ginásio Diocesano, durante seis anos. Formou-se em São Paulo, pela Faculdade Alvarez Penteado, em Ciências Contábeis. Comerciante e fazendeiro, estava entre os primeiros revendedores autorizados de automóveis do Estado de Goiás (Agência ABC – Chevrolet, na esquina da Rua 15 de Dezembro com a Rua Barão de Cotegipe). Representou a família e a Cidade com honrosas atitudes. Doou sua fazenda “Paiol Velho”, situada no Município de Pirenópolis, com 125 alqueires e mais de 700 cabeças de gado Nelore, aos Monges da Ordem de Santa Cruz. Doou, também, dois terrenos ao então Bispo Dom Manuel Pestana para a construção da sede do Pró-vida. Construiu vários barracões, doando-os aos necessitados; ajudou a diversas entidades filantrópicas e foi um dos fundadores do Rotary Clube de Anápolis. Na gestão de Pedro Ludovico, ex-governador de Goiás, lideranças da Cidade, como Jonas Duarte, Aquiles de Pina entre outros, escolheram Alderico para candidato único a Prefeito de Anápolis, tendo total apoio de todos os partidos. No entanto, ele não aceitou. Amava tanto Anápolis que ficava zangado quando alguém falava mal da Cidade, em especial quando as pessoas adquiriam fortunas aqui e se mudavam para outras regiões. Doou o Museu Histórico onde morou seu avô, para a Prefeitura. Segundo sua esposa, Inês Antônia Abreu de Carvalho, todos os que com Alderico conviveram, podem atestar quão grande foi seu coração, capaz de alojar toda a caridade do mundo. “Jamais esquecerei aquelas lágrimas cálidas que lhe banharam o rosto quando tive que correr, às pressas, para Goiânia, quando aquela dor alucinante quase lhe fizera perder os sentidos. Repetia-me sempre: ‘Eu quero viver ainda. Quero realizar muita coisa tenho de ser forte como nas duas vezes em que fui operado‘. (…) Desde que nos conhecemos ele começou a inculcar em mim a superação de egoísmo e o fazer o bem. ‘Os valores materiais são efêmeros, Inês, jamais se apegue a eles pelo que eles representam, mas sirva-se deles para ajudar ao próximo. Tudo passa na vida e ela só vale o quanto servimos’. Por isso, amava o Rotary, cujo lema ‘Dar de si, sem pensar em si‘ – admirava e vivia! De superioridade marcante, só via nas pessoas o lado positivo, o lado bom. A sua vida foi um legado de aprimoramento como cristão e como homem. Sua morte, no dia 31 de janeiro de 1991, significou uma singular perda, não apenas para a tradicional família a que pertencia, mas para a Igreja, para o Rotary Club e para o município a que pertencia, onde o prefeito Anapolino de Faria decretou luto por três dias.
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