Em solenidade para entrega da Medalha de Mérito Desportivo Militar ocorrida nesta quarta, dia 1º, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ganhar foco por conta de suas declarações. O evento contou com a presença de medalhistas olímpicos que disputaram as Olimpíadas de Tóquio, como Ana Marcela (maratona aquática), Hebert Conceição, Beatriz Ferreira e Abner Ferreira (boxe) e Daniel Cargnin (judô).
Já no encerramento do evento, enquanto entregava medalha para Hebert, Bolsonaro disse: “Com flores não se ganha a guerra não pessoal. Quando se fala em armamento, quem quer paz se prepare para a guerra”. Junto do presidente estavam os ministros Walter Braga Netto, João Roma, Augusto Heleno e Onyx Lorenzoni.
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Com relação a solenidade, a medalha foi criada em 7 de novembro de 2006, e tem como objetivo agraciar os militares das Forças Armadas, os civis, os policiais e os bombeiros do país que tenham se destacado em competições esportivas nacionais ou internacionais. Dos 302 desportistas brasileiros que foram para Tóquio, 92 eram atletas militares, integrantes do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa.
“Regressão da democracia”
Um dos desafetos de Bolsonaro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classificou ter assistido a um “extremismo”, sem citar nomes, nesta quarta (1º).
“Estamos assistindo a um extremismo de uma direita radical. Isso não tem nada a ver com conservadorismo. Não há problemas em ser conservador. O problema do extremismo é a intolerância, inaceitação do outro, tentativa de supressão dos direitos do outro, é aí que mora o fascismo. Como se todos os demônios tivessem sido soltos e saem às ruas os homofóbicos, antirracistas, anti-indígenas”
disse o ministro
“Vemos um fenômeno de regressão atualmente na democracia”, explicou o ministro. Para ele, “a erosão democrática não tem vindo por golpes de estado e sim, sob a condução de líderes políticos eleitos pelo voto popular e que, depois tijolo por tijolo desconstroem os pilares da democracia, em movimento que em seu conjunto comprometem os valores principais da democracia”.