Concluída a quinta semana de atividades ininterruptas, a operação denominada “Cidade Limpa” já recolheu, segundo dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 9,5 toneladas de resíduos sólidos, ou lixo doméstico, em residências e estabelecimentos comerciais em mais de uma centena de bairros anapolinos. De acordo com o titular da Secretaria, Luiz Henrique Ribeiro, o trabalho vem sendo feito de fora para dentro, ou seja, dos bairros mais afastados, em direção ao centro da Cidade. Até agora, o “campeão” na geração de entulhos foi o Conjunto Filostro Machado, de onde foram retiradas, nada menos que 2,3 toneladas de resíduos, incluindo pneus usados, sobras de material para construção, móveis e eletrodomésticos imprestáveis e outros tipos de lixo.
De acordo, ainda, com o Secretário, à medida que o serviço se afunila para a região central, o volume de detritos diminui. Por seus cálculos, ainda serão geradas mais de 10 mil toneladas de entulhos, tendo em vista que a operação se estender, a praticamente, até o final do ano. Restam, ainda, sete semanas de serviços, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente.
Todo o material recolhido está sendo direcionado para o Aterro Sanitário. Existe uma área específica para sobras de construções, com o devido acompanhamento de técnicos. O material reaproveitável é coletado pela cooperativa dos catadores que atua no local.
Como funciona
Para facilitar o trabalho, existe um calendário e um organograma de atendimento. Na véspera do recolhimento utilizam-se meios de comunicação, inclusive veículos auto-falantes para alertar à população sobre o que deve ser feito. Com isso, quem tiver qualquer tipo de entulho, reaproveitável, ou não, e queira se desfazer dele, pode colocá-lo na calçada (passeio público) obedecendo ao calendário, que os veículos e os trabalhadores braçais da Prefeitura farão o recolhimento. Ao final de cada semana, na sexta-feira, a campanha determina uma espécie de revisão em todos os bairros trabalhados, para o rescaldo de alguma sobra ou a correção de algum serviço incompleto.
A execução desse trabalho não exigiu a contratação de mais mão de obra ou de mais equipamentos pela Prefeitura. As ordens de serviço são expedidas para a empresa contratada para cuidar da limpeza urbana da Cidade e esta, por sua vez, faz a programação que entender suficiente. O volume de resíduos recolhidos, até agora, impressiona os técnicos. Para eles, falta, ainda, uma educação ambiental mais consciente por parte da comunidade. “Muita gente ainda guarda em casa, objetos e materiais dos quais não vai precisar nunca. É importante que estas pessoas entendam que grande parte disso pode ser reaproveitada em projetos de reciclagem. Outra parte, a inservível, prejudica a população, gerando mofo, bactérias, fungos, criadouros de insetos e roedores, além da exalação do mau cheiro, o que prejudica a qualidade do ambiente. De agora em diante a Prefeitura pretende repetir operações como esta, até que toda a comunidade tome consciência da necessidade de se preservar os ambientes domésticos.