Autocuidado em tempos de pandemia faz com que setor estime faturamento de R$ 313,9 bilhões em 2021
A procura de atendimento pela saúde privada, no Brasil, experimenta um dos seus melhores momentos, com muita coisa tendo a ver com a pandemia da covid-19. Anápolis é um exemplo disso: a cada dia que passa surgem novos estabelecimentos destinados a atenderem à população de forma alternativa, principalmente porque muitos têm dificuldades à assistência pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As clínicas particulares, por conta disso, proliferam por todos os cantos e com variadas linhas de assistência. Os planos vão desde os básicos, destinados à população de menor renda, até serviços sofisticados.
Câmara Municipal reconhece relevância do servidor público para a sociedade
É cada vez maior o número de brasileiros que buscam cuidados com a saúde na rede privada. De acordo com a Pesquisa IPC Maps, realizada com base em dados oficiais, o setor de saúde deve movimentar R$ 313,9 bilhões em todo o País até o final do ano, um acréscimo de 13,8% em relação a 2020 e de 21,8% em comparação a 2019. É relevante, também, a busca por terapias alternativas. A pesquisa “PICCovid – Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19”, mais da metade (61,7%) da população brasileira buscou terapias alternativas ao longo da crise sanitária, conforme pesquisadores do Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde e da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
O crescimento
Conforme o balanço, 81% dos entrevistados buscaram as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde à procura de bem-estar. Além disso, 15% utilizaram estas práticas como aliadas da medicina tradicional no tratamento de dores na coluna, entre outras doenças crônicas, e 25% participaram de quatro modalidades ou mais. Segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, entre as práticas integrativas, destacam-se acupuntura; arteterapia; aromaterapia; bioenergética; constelação familiar; cromoterapia; homeopatia; fitoterapia; medicina tradicional chinesa; meditação; musicoterapia; quiropraxia; reiki; ozonioterapia e yoga, entre outras.
Sem contar que 53% dos brasileiros recorrem a ferramentas de busca, como o Google, à procura de informações sobre saúde, 34% assistem vídeos na internet e 9% vão às redes sociais digitais de médicos e artistas que falam sobre o tema. E, de olho na demanda dos brasileiros que estão a cada dia mais informados e preocupados com a própria saúde, as clínicas particulares têm investido nas práticas integrativas. Estas modalidades caíram no gosto dos pacientes que entendem que o futuro da saúde é a prevenção, o bem-estar, o cuidar do organismo e não da doença com uma lista enorme de medicamentos que, muitas das vezes, só remediam o problema. Mas, recomenda-se cautela, pois as práticas complementares não substituem a medicina tradicional e não excluem outros tipos de tratamento. (Com agências).