Apesar de ser relativamente novo, o Grêmio Anápolis vai marcando seu espaço não só regionalmente, mas também de maneira internacional. Em relatório divulgado pela FIFA, que avaliou as transferências pelo mundo na última década (2011-20), o clube evidenciou sua força no que se tornou uma das suas características: as transferências, por empréstimos ou definitivas, de atletas.
De acordo com o documento, o Grêmio Anápolis figura na 11ª colocação dos times que mais cederam atletas emprestados internacionalmente. A equipe goiana acumulou 122 ações envolvendo a cessão de jogadores, empatado com o Watford (Inglaterra) e o CD Maldonado (Uruguai). O líder do ranking é o Manchester City, com 232, enquanto outros dois clubes brasileiros integram o top-30: Fluminense, em 6º, e a Tombense, em 28º.
O relatório da principal organização futebolística também trouxe a Raposa como destaque em outra classificação: a de clubes sul-americanos com mais transferências no geral. Com 137 jogadores saindo do clube (seja por mais de uma vez), o Grêmio Anápolis ficou na 2ª colocação. Mais uma vez, o GEA ficou atrás do Fluminense, que acumulou 183 ações na década. CD Maldonado, Boca Juniors e São Paulo completam o top-5 da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
Conexão Anápolis-Portugal
Muito deste protagonismo recebido pelo Grêmio Anápolis se deve por sua relação estreita com o futebol português. Com seu mandatário e alguns dirigentes oriundos do país europeu, o clube sempre se caracterizou por negociar atletas com o Velho Continente desde sua fundação, ainda como Grêmio Inhumense, em 1999.
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Somente em 2007, o clube vendeu os direitos de 17 atletas, todos para o futebol de Portugal. E olha que este ano nem contou para o relatório da FIFA. Dentre os muitos negociados nas mais de duas décadas de história do GEA, destaques para Carlos Vinícius, que hoje defende o PSV (Holanda) após brilhar por Benfica e Tottenham, e Wenderson Galeno, ex-Porto e atualmente no Braga, também do futebol português.
Dados gerais
O relatório também trouxe informações interessantes com relação ao mercado futebolístico. Durante o período estudado, de 2011 a 2020, a transferência de atletas movimentou, aproximadamente, US$ 48,5 bilhões. Convertendo para reais, seria o equivalente a pouco mais de R$ 250 milhões. Deste montante, 47% foi gasto por um grupo de apenas 30 times, todos da Europa.
Com relação ao número total de transferências internacionais realizadas na década, o número foi de 133.225 ações que contemplaram 66.789 jogadores. O ano de maior movimentação foi 2019, ano pré-pandemia do coronavírus, com um pico de 18.079 negociações. O documento da FIFA pode ser acessado clicando aqui.