No último domingo (06), o Campeonato Goiano voltou a ter uma arbitragem feminina para uma partida da divisão principal. Michelle Safatle atuou como a dona do apito no embate entre Goiatuba e Vila Nova, enquanto Jornada Pereira foi uma das bandeirinhas. Quem completou o trio foi Fabrício Vilarinho, do quadro da FIFA.
Foram 16 anos desde que Sirlei Cândida apitou seu último jogo pela Comissão de Arbitragem da Federação Goiana de Futebol. De lá para cá, foi se criando um tabu ainda maior em Goiás, mas, de acordo com Michelle, a batalha pela igualdade continua: “A gente busca muito mais, acreditamos que podemos muito mais e estamos a cada dia mais querendo provar isso para o mundo como um todo. Então, acredito que tudo que um homem é capaz de fazer uma mulher também é”, afirmou ao Portal Sagres.
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Pelo lado das assistentes, o espaço de tempo foi menor, mas não menos impactante para a luta. Gabrielle Sales foi a última árbitra assistente a participar de partida em Goiás, em 2011. Buscando reconquistar e aumentar o espaço feminino, Jornada valorizou a volta das mulheres ao apito e, claro, a bandeirinha: “Me sinto lisonjeada, honrada por estar fazendo parte desse processo histórico, principalmente por nosso Estado. Então, acredito que é uma grande revolução”, disse à Sagres.
A proximidade da partida com a data desta terça, dia 8, acabou sendo uma coincidência positiva para ambas. Já que, na data, é comemorado o Dia da Mulher. “Acho que a gente ter tido essa oportunidade de fazer essa estreia esse ano, nessa data bem próxima, acho que casou muito, deu muito certo”, finaliza Michelle.
Próximos passos
Apesar de ambas nutrirem sonhos de seguirem crescendo dentro do meio, pensando a curto prazo, o objetivo é outro. Na visão das árbitras, o próximo passo é construir uma equipe de arbitragem totalmente feminina. No caso, ainda restam uma outra assistente e uma 4ª árbitra. O caminho é árduo, mas a batalha continua.