Dizendo-se confiante em uma reaproximação entre o Governador Alcides Rodrigues (PP) e o Senador Marconi Perillo (PSDB), o empresário Ridoval Chiareloto, presidente do Diretório Municipal do PSDB, candidato a prefeito derrotado nas eleições de 2008, disse que seu partido não está processando e nunca traiu o Governador. “O que aconteceu é que o nosso partido questionou os gastos feitos com a vinda do Presidente Lula e da Ministra Dilma Rousseff (Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República) a Goiás recentemente, em viagem eminentemente eleitoreira. Não concordamos com o dinheiro do povo goiano aplicado em festas assim. Se fosse o inverso, também o PP e o PT estariam questionando”, justificou Ridoval. Segundo o presidente dos “tucanos” de Anápolis, se há traição nessa história, ela, certamente, não partiu do PSDB. “Basta dar uma olhada no passado recente e ver. Em 2008, o PT de Anápolis ficou com o PMDB e não com o PP. Pelo contrário, o PSDB apoiou as candidaturas a vereador do PP na cidade e, para prefeito, em todos os municípios, principalmente em Goiânia, quando ficou ao lado de Sandes Júnior. Isso tem de ser levado em conta”, alegou Ridoval.
Para o dirigente peessedebista, há um sentimento de frustração ver o PP afastado do PSDB, tendo em vista um passado de conquistas e vitórias. “Ganhamos três eleições seguidas nessa parceria. Hoje, o PP, não se sabe por que motivos, prefere ficar ao lado do PT, partido que nunca o apoiou. Isso, certamente sinaliza para o enfraquecimento da Base Aliada, o que vai permitir o avanço maior do PMDB. Todavia, ainda acredito em uma reviravolta, até porque, nem o Governador Alcides Rodrigues, tem hostilizado o Senador Marconi Perillo e nem o contrário. Aliás, os dois têm se portado com elegância e ética” declarou Chiareloto.
Terceira via
Sobre o surgimento da chamada “terceira via”, Ridoval assegura que ela não vinga. “Em Goiás isso nunca deu certo e não vai ser agora que dará. Haverá, como de costume, a polarização entre o senador Marconi Perillo e o candidato do PMDB, seja ele quem for. Hoje seria Íris Rezende, mas fala-se que Henrique Meirelles poderia entrar no páreo. Se for ele (Meirelles) fica mais fácil ainda ganhar. Além do mais, essa história de terceira via, muito comentada atualmente, esbarra no fato de não haver nomes com densidade eleitoral suficiente”, disse ele ironizando. “Há bons cidadãos, outros nem tanto assim, que estão tendo seus nomes lembrados. Mas, lançar nome é uma coisa, obter a simpatia do eleitor é outra muito diferente”, disse.
Perguntado sobre o porquê da preferência do Presidente do Banco Central como adversário, Ridoval disse que “ele não tem tradição política, não conhece Goiás, não conhece o povo. Reconhecemos que é um grande financista, um homem competente, respeitado, até, internacionalmente. Mas, isso não ganha eleição. O que ganha eleição é o conhecimento, a proximidade, o relacionamento entre o político e o povo. E, isso, definitivamente, Henrique Meirelles não tem. Passa a maior parte do tempo em Brasília e não sabe o que acontece em Goiás”, declarou.
Prioridade
Ridoval Chiareloto disse que ainda não se decidiu sobre candidatura. “A prioridade número um é eleger o senador Marconi Perillo para mais um mandato à frente do Governo Estadual. Goiás precisa dele para concretizar o projeto de desenvolvimento e progresso implantado nos sete anos da administração tucana. Quanto a mim, se for um projeto somatório, estou à disposição do Partido. Tenho feito várias reuniões em Anápolis e em outras cidades, como Itaguaru, Itaguari, Jaraguá, Goianápolis e outras. Se o senador precisar da minha candidatura estou pronto, afinal de contas, ao lado de Marconi Perillo conseguimos muitas coisas importantes para Anápolis, principalmente no setor da industrialização”, assegurou Ridoval Chiareloto.