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Roberto fala pela 1ª vez da missão de enfrentar, como gestor público, a Covid-19

de Vander Lúcio Barbosa
9 de julho de 2020
em Anápolis
Reading Time: 4 mins read
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Prefeito expõe seu lado humano e descreve as dificuldades de um líder
num momento em que todos esperam dele uma solução

Por Vander Lúcio Barbosa

Quem vê o prefeito Roberto Naves só pelas redes sociais não imagina como é a rotina de um gestor público. O tempo é sempre curto, as demandas são sempre maiores do que se pode oferecer e as tensões sempre superiores às que os nervos conseguem suportar. Com a chegada da pandemia, algo que já era difícil, se tornou impossível. “Era como se víssemos uma onda se aproximando da praia, muito maior que nós, muito maior que qualquer abrigo que tínhamos para nos proteger”, contou ele sobre o momento em que recebeu as primeiras notícias da pandemia.

Foi quando o Brasil todo voltou seus olhos para Anápolis, a cidade que iria receber os cidadãos brasileiros que estavam na china. Na Base Aérea de Anápolis foi montada uma complexa estação de isolamento para que todos pudessem ficar por 14 dias. Tempo dentro do qual o vírus se manifestaria, caso houvesse a contaminação de alguém. Eles foram trazidos num avião da Força Aérea Brasileira. “Percebi o cuidado que todos estavam tomando, a preocupação estampada nos rostos e compreendi o que estava por vir”, narra.

“A partir dali, começou uma corrida contra o tempo, mesmo sem saber quanto tempo tínhamos. Você me pergunta como está o meu psicológico diante de tudo isso… e eu te respondo que ainda não tive tempo de pensar realmente sobre o que se passa”, diz Roberto de forma enfática. Professor de preparatórios para vestibular, Roberto sempre soube o que fazer para atingir um resultado. Mas, com o coronavírus, foi diferente. “Ninguém sabia o que fazer porque era algo totalmente novo e inesperado. De repente um monte de sugestões, cada uma com uma consequência diferente e, na dúvida, nossa primeira reação, o que nos pareceu mais responsável para o momento, foi o de fechar”, explica o prefeito sobre a quarentena em março.

Roberto narra que os dias ficaram curtos e as noites se tornaram dia, tamanho o trabalho e a preocupação com as variáveis envolvidas no processo de enfrentamento. “Quando finalmente conseguimos elaborar um plano de ação com base numa matriz móvel de risco, a coisa entrou nos trilhos e tivemos mais segurança na hora de tomar decisões”, relembra. Mas isso não representou tranquilidade. As notícias das mortes de pacientes começaram a chegar, abalando a mente de quem estava envolvido na missão de salvar vidas. “Eu ouvia sobre os óbitos, sobre as pessoas que eram essas vítimas, com família, trabalho, rotinas… e sabia que não eram só números. Eram pessoas como eu. É uma emoção muito forte”, descreve.

O tempo foi passando e a doença começou a atacar mais de perto. Funcionários da Câmara de Vereadores foram infectados. Mais tarde, o próprio vice-prefeito pegou Covid-19 e chegou a precisar de internação. Felizmente ele já está recuperado. “Foi um grande susto para nós. Mas, pelo menos a mim, não é dado o direito a lamentar ou demonstrar qualquer tipo de fraqueza. Eu simplesmente sigo em frente porque o que interessa é superar esse momento e, para isso, é preciso muito trabalho, cabeça fria e estratégica”, disse. Sobre política, o prefeito sequer menciona que é pré-candidato à reeleição, embora seja cotado como favorito, depois da desistência de Roberto Gomide (PT).

Em recente entrevista, Roberto esclareceu que não tem tempo disponível para atender os chamados de lideranças partidárias em Anápolis. “Só terei quando estivermos no fim desse problema”, salientou. Sua decisão de adotar o protocolo da matriz de risco intermediária causou polêmica. Cada setor da indústria e do comércio apresentou argumentos contrários ao fechamento, ainda que parcial. “Recentemente houve aumento de contaminados e de mortes em Anápolis. Muitas cidades do interior estão apresentando grande número de doentes. Não quis arriscar. Com mais de 25% dos leitos de UTI ocupados, Anápolis tinha saído da matriz de risco baixa”, reconhece.

Por último, Roberto Naves disse que as pressões são grandes, mas são próprias dos grandes desafios. “Perdi meu pai num assalto porque, quando ele precisou, o sistema de saúde pública falhou. Vivi isso e sei qual é a sensação. É algo que você deseja que ninguém passe. É por isso que eu escolho à favor de manter a capacidade de atendimento, para que o sistema de saúde não falhe com ninguém”, finaliza.

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Comentários 2

  1. João Cardoso says:
    5 anos atrás

    SE ESTIVER REALMENTE PREOCUPADO EM SALVAR VIDAS, PASSE A ADOTAR O PROTOCOLO COM A CLOROQUINAhttps://youtu.be/zy9OlANPhiE

    Responder
  2. Divina says:
    5 anos atrás

    Queremos os remédios preventivos q está sendo bom, p q não libera tem os tanto laboratórios em Anápolis!

    Responder

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