Tecnologia flexível analisa biomarcadores com alta precisão e promete mudar o acompanhamento do diabetes
A divisão biomédica da Samsung anunciou o desenvolvimento de um patch flexível de pele capaz de monitorar glicose sem o uso de agulhas, a partir da análise do suor humano, com precisão comparável a exames de sangue.
Tecnologia vestível
O dispositivo utiliza sensores baseados em grafeno integrados a canais microfluídicos, que coletam o suor diretamente pelos poros da pele. Em seguida, o sistema realiza a análise eletroquímica de forma contínua e transmite os dados em tempo real para smartphones. Segundo a empresa, a tecnologia alcançou 97,3% de precisão quando comparada às análises sanguíneas tradicionais, eliminando a necessidade de procedimentos invasivos, como as frequentes picadas no dedo usadas por pessoas com diabetes.
Além disso, algoritmos de aprendizagem de máquina ajustam automaticamente variáveis como nível de hidratação e diferenças individuais na composição do suor. Dessa forma, o patch mantém a confiabilidade das medições mesmo diante de variações fisiológicas e ambientais ao longo do dia.
Resultados clínicos
Em março de 2025, o Serviço Nacional de Saúde da Coreia do Sul iniciou a distribuição gratuita de 100 mil patches para pacientes com diabetes. De acordo com os dados preliminares do programa, os usuários apresentaram melhor controle glicêmico e uma redução de 68% nos episódios de hipoglicemia, resultado atribuído ao acesso contínuo às informações metabólicas.
Por outro lado, o patch não se limita ao monitoramento da glicose. A tecnologia também consegue medir cortisol e outros doze biomarcadores, ampliando as possibilidades de acompanhamento da saúde de forma não invasiva.
Novas aplicações
Embora o foco inicial esteja no diabetes, o dispositivo demonstra potencial para detectar sinais de desidratação, disfunção renal e desequilíbrios eletrolíticos. Por isso, a tecnologia pode beneficiar populações idosas, pacientes crônicos e até atletas de alto rendimento. Além disso, versões futuras devem incluir o monitoramento de biomarcadores oncológicos, abrindo caminho para diagnósticos mais precoces e estratégias preventivas.
Com custo estimado de fabricação em torno de US$ 2 por unidade e vida útil de até 14 dias, o patch representa uma mudança significativa no paradigma da monitorização médica. Assim, a proposta avança da coleta invasiva e pontual para uma análise passiva, contínua e integrada à rotina dos pacientes.




