Pauta obrigatória em todo os noticiários locais, os desafios da saúde pública em Anápolis não diferem do restante do País em maior, ou, menor intensidade. Os governos batem cabeças em busca de satisfazerem as demandas que, entra ano sai ano, entra administração, sai administração, permanecem intransponíveis. A ideia geral é que se gasta, muito, com saúde no Brasil. Mas, há quem diga que se gasta mal. Nos últimos tempos, em Anápolis, não se fala em outra coisa que não seja a busca de uma solução para a falta de vagas em unidades de tratamento intensivo (UTI); falta de leitos; filas intermináveis de pacientes à espera de transplantes, de cirurgias eletivas, de exames de imagem, enfim, o problema continua grande e não se vê, a curto prazo, uma definição mais positiva. Certamente que não se trata de uma falha atual. Mas, a situação tem se agravado com o passar do tempo, o que deixa a Prefeitura preocupada, e, muito mais, a população que, em sua grande maioria, não tem para onde correr. Faltam médicos e atendentes nas unidades básicas de saúde (UBS), faltam medicamentos e acessórios essenciais, principalmente para a população de baixa renda e outros quesitos.
O atendimento tem sido diversificado, com a contratação de OSs (organizações sociais) a criação de novos espaços, a admissão de mais profissionais, terceirização de serviços e outros procedimentos. Mas, as reclamações se avolumam o que leva a crer na necessidade de uma mudança radical na política de saúde pública em nível nacional. Recentemente, o Governo Municipal fez construir um novo hospital (“Georges Hajjar”, no Residencial Leblon) ampliou o antigo CAIS Progresso (hoje Hospital “Alfredo Abrão”); reformulou o antigo Hospital Municipal “Jamel Cecílio”, abriu novos pontos de atendimento e contratou mais serviços através de parcerias. Mas, o assunto, ainda, é uma das principais preocupações do Gabinete Municipal.
É inegável que o Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma grande conquista da população brasileira, chegou a ser reconhecido como um dos maiores do mundo e foi, até, citado como modelo em muitos outros países. Mas, infelizmente, a saúde pública no Brasil sofre desafios do mau gerenciamento e de falta de investimentos financeiros. Como resultado, verifica-se um sistema em colapso, na maioria das vezes insuficiente e com pouca qualidade para atender à população. Levantamentos técnicos apontam que os principais desafios da saúde pública no Brasil são: Falta de médicos – O Conselho Federal de Medicina estima que exista um médico para cada 470 pessoas. Falta de leitos – Em muitos hospitais faltam acomodações para os pacientes.
A situação é, ainda, mais complicada quando se trata de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A média mundial de gastos com a saúde, no Brasil, fica em torno de cinco por cento do orçamento. A média mundial é de 11 por cento. Outro desafio é a demora no atendimento. Agendar consultas com médicos especialistas pode levar meses, mesmo para os pacientes que dependem de socorro imediato. O mesmo acontece com a marcação de exames e outros procedimentos. Isto tem feito com que doenças antigas, como sarampo, coqueluche, meningite e poliomielite, dentre outras, voltem a incidir de forma preocupante. Muitas delas eram consideradas extintas, ou, controladas. Mas voltaram.
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