O título é esse mesmo: “sem dia”. Não “cem dia”. Posto isso, é preciso dizer que as gestões públicas que se iniciaram a partir de primeiro de janeiro desse ano, escolhidas por sufrágio nas eleições de 2024, estão completando os primeiros 100 dias do mandato.
Mas, sem dia determinado para que possam atender às demandas dos munícipes. Inclui-se aí, claro, a cidade de Anápolis, onde o prefeito Márcio Corrêa assumiu a gestão, segundo ele, com um quadro de endividamento, problemas nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e outras.
Os problemas vivenciados em Anápolis por Márcio Corrêa, são problemas que estão alastrados em diversos ou, pode se dizer, na grande maioria dos municípios brasileiros.
Isso ocorre devido a uma série de fatores. Entre eles, por exemplo, está o chamado pacto federativo, que ainda concentra a maior fatia dos recursos públicos na União. Há muito que esse pacto é discutido, mas na prática não há um avanço no sentido de transformar a realidade de distribuição dos recursos públicos.
Outro problema que ocorre de forma quase que generalizada, é na saúde. As gestões municipais encontram dificuldades em promover um atendimento de melhor qualidade, sobretudo, por questões também que fogem ao seu alcance. O primeiro é que as verbas são insuficientes para uma estruturação adequada e o segundo é relacionado à tabela de serviços do Sistema Único de Saúde, que concorre com o pacto federativo em termos de falta de atualização.
Os municípios brasileiros também carecem de mais verbas e uma política pública que seja capaz de resolver a falta de vagas em creches.
Na infraestrutura, obras caras desafiam as prefeituras. Elas são urgentes, mas necessitam de muito planejamento e de dinheiro em caixa. E, em razão do volume, necessita aporte federal na maioria dos casos. Portanto, sem dia para resolver tudo. Mas fazendo o máximo que se pode fazer.