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Sem nascer planejada, Anápolis coleciona muitos desafios, dentre eles, o sistema viário

de Nilton Pereira
1 de agosto de 2020
em Geral
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Explosão demográfica não foi acompanhada de projetos sustentáveis para o trânsito e, agora, é recupera o tempo

A exemplo da maioria das cidades brasileiras, Anápolis não se preparou para a explosão demográfica que soma efeitos naturais, como o êxodo rural (pessoas que se mudam do campo para os centros urbanos) observado, fortemente, a partir da década de 50. A mecanização de lavouras e a adoção de monoculturas fez com que esse processo se apresasse. No caso pontual de Anápolis, acrescenta-se a desagregação de grande (a maior) parte de seu território original, com a emancipação de vários importantes distritos, como Goianápolis; Matão (Ouro Verde de Goiás); Nerópolis; Brazabrantes, Campo Limpo de Goiás e outros, que determinaram o encolhimento das faixa rurais. Isto fez com que desaparecessem as grandes propriedades de lavouras e gados.
Em 1950 a população brasileira era de 51.944.397 de habitantes e, em 2000 o Censo Demográfico do IBGE contou 169.590.693 seres humanos vivendo no País, o que representou uma evolução de 226,4% em cinquenta anos. O crescimento relativo foi maior no Centro-Oeste (657,8%). Como consequência do processo de industrialização e modernização da agricultura no Brasil, a partir da década de 1960, a população brasileira deixou de ser predominantemente rural no período 1960/1970. Entre 1991 e 2000 o crescimento da população brasileira foi de 1,55% (22.765.218 habitantes) e as regiões que apresentaram maiores taxas de crescimento relativo foram o Norte (28,5%) e o Centro-Oeste (23,2%). Em cinquenta anos, entre 1950 e 2000, a população urbana aumentou 633,4% e em 2000 era de 137.755.550 habitantes, o que corresponde a uma taxa de urbanização de 81,2%. A população urbana aumentou quase três vezes mais do que a população total nesses cinquenta anos.

Sobre Anápolis
No caso pontual de Anápolis, as diferenças são maiores ainda, tendo em vista algumas particularidades inexistentes em outros municípios. Uma delas, por sinal a predominante, foi o avanço econômico, com a implantação do Distrito Agro Industrial de Anápolis (anos 70), seguido de outros projetos de grande porte, como a abertura de importantes rodovias (BRs 414, 153 (Belém Brasília) e estradas estaduais (GO.s 330, 220 e outras) que encurtaram caminhos para o acesso a Anápolis. Outro fator preponderante foi a implantação da Base Aérea de Anápolis (hoje, ALA-2), a maior injeção de recursos federais de todos os tempos no Município. Agrega-se a tais fatores, a abertura de projetos educacionais de nível superior, com destaque para a UniEVANGÉLICA, que passou a atrair milhares de estudantes de outras regiões, com o variado leque de cursos oferecidos.
Também, a definição de Anápolis como núcleo central da UEG (Universidade Estadual de Goiás) provocou atração semelhante. Hoje, a população flutuante do Município é calculada em, aproximadamente, de 20 a 25 mil pessoas, semelhante e, em alguns casos, superior à de muitas cidades brasileiras. O contingente que veio para Anápolis em busca de colocação nas empresas industriais, principalmente, é tido como o maior movimento migratório de todos os tempos na região. Como consequência de tudo isso, de forma natural e, até, involuntária, Anápolis aos poucos, deixa de ser um município convencional para se transformar em cidade, praticamente tecnocrata/industrial, devido, principalmente, à ausência de grandes faixas de terras para a criação de gados e cultivo de lavouras. Daí, a definição de “cidade cosmopolita”. A proposta industrial, somada ao forte comércio atacadista que exerce grande influência na economia de, pelo menos, 20 municípios do entorno, mais o elevado índice de projetos educacionais (técnicos e de terceiro grau) deixa o Município em situação privilegiada. Mas, é sabido que, a partir de então, os desafios dos governos que se seguirão devem ser, também, peculiares.
Se a Prefeitura não tem de se preocupar, muito, com rodovias municipais, encontra pela frente a necessidade de equacionar o sistema viário urbano. A garantia de um tráfego, pelo menos, razoável, para interligar as diferentes regiões da Cidade, tem sido, ao longo das últimas décadas, a maior dificuldade para prefeitos e demais administradores municipais. A formação dos chamados gargalos viários, com o estrangulamento de alguns acessos é a maior delas. Isto porque, em vários pontos, o trânsito urbano se confunde com o trânsito rodoviário. Trechos que, até bem pouco tempo eram utilizados tão somente por veículos que passavam por Anápolis, hoje estão incorporados à malha viária urbana. Praticamente, todas as rodovias (estaduais e federais) que cortam o território urbano de Anápolis, em diferentes trechos foram “engolidas” por núcleos habitacionais, fenômeno irreversível e que causa grandes atropelos.

Os exemplos
Mesmo com a implantação de vários viadutos (BR-153/Recanto do Sol, Ayrton Senna/Bairro de Lourdes; BR-153/Parque dos Pirineus, BR-060/Acesso a DAIA e Fernando Costa, o que se vê (e se ouve) diariamente, é a insatisfação dos usuários com a lentidão do trânsito, os constantes engarrafamentos, acidentes e outras dificuldade do dia-a-dia. Por tudo isso, tem-se como certo que as próximas administrações, em Anápolis, terão muito o que fazer para dotarem o Município de um sistema viário urbano com qualidade aceitável. Isto, porque, inevitavelmente, a Cidade não vai parar de crescer, a migração vai aumentar devido aos atrativos anunciados e, principalmente a economia tende a se ampliar o que determinará a necessidade urgente de se encontrarem caminhos aceitáveis.
Na visão da comunidade anapolina, um dos principais desafios que já estão colocados, é a busca de uma equação do trânsito na Avenida Pedro Ludovico, principalmente no trecho entre o antigo Parque da Pecuária, e a entrada para a Vila São Joaquim. O trajeto é um verdadeiro corredor que se reporta ao escoamento do tráfego de mais de uma dezena de bairros, onde se acrescenta o movimento da GO 222 (Anápolis/ Nerópolis) e parte do fluxo da BR-060, entre Anápolis e Goiânia. O citado trecho não oferece alternativas para o escoamento. As sugestões seriam a desapropriação de dezenas de imóveis para o alagamento da Avenida, inviável economicamente, porque a Prefeitura não tem esse recurso; o prolongamento da Avenida Cachoeira Dourada, cortando o Parque da Nações, outra obra caríssima e, a preparação da Avenida Beira Rio (Ayrton Senna), margeando o Ribeirão Antas, também inviável economicamente na atualidade.
Outro desafio apontado é a equação do tráfego na região de acesso ao Bairro Recanto do Sol, que ancora mais de uma dezena de outros núcleos habitacionais. No referido setor, o trânsito é inviável em determinados horários o que por sinal, estão se encurtando, ou seja, se repetindo mais vezes ao dia. O mesmo problema é sentido no acesso ao Bairro de Lourdes (Viaduto Ayrton Senna) e Setor Aeroporto (Viaduto Miguel Moreira Braga). São projetos que dependem de parceria entre a Prefeitura e os governos Estadual e Federal que precisam ser alinhavados na esfera política, o que tem sido cobrado pela população há bastante tempo.

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