Ana Paula Veloso Fernandes admitiu matar cães com chumbinho e é investigada por quatro mortes humanas.
Depoimento e confissão
A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 32 anos, confessou durante interrogatório ter utilizado chumbinho para matar cachorros. Ela está presa desde maio e é investigada pela Polícia Civil de Guarulhos (SP) por suspeita de envenenar quatro pessoas entre janeiro e maio de 2025. As mortes ocorreram nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e seguem sob apuração das autoridades.
Durante o depoimento, o delegado Halisson Ideiao Leite perguntou:
— “E por que você usou especificamente chumbinho e veneno?”
Ana Paula respondeu:
— “Porque eu já tinha em casa… eu tinha matado a cachorra. Eu tinha em casa.”
O delegado confirmou:
— “Você já tinha o chumbinho em casa…”
Ela explicou:
— “Comprei no Rio de Janeiro. Eu tinha em casa porque ia matar o cachorro da minha irmã.”
Frieza e comportamento
Em outro trecho, a universitária afirmou que sabia os efeitos do veneno em humanos, pois já havia testado a substância em animais. O delegado então concluiu:
— “Tinha dado certo.”
De acordo com a polícia, Ana Paula sorriu ao falar sobre os crimes, demonstrando frieza e ausência de arrependimento.
Mortes investigadas
As investigações apontam que ela pode estar envolvida na morte de pelo menos 14 cães, sendo dez pertencentes à irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e quatro ao ex-marido. Caso seja confirmada a autoria, Ana Paula também responderá por maus-tratos a animais, crime previsto em lei.
Além disso, o Ministério Público de São Paulo denunciou a universitária pelos homicídios de Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Neil Corrêa da Silva e Hayder Mhazres, mortos por suposto envenenamento. O caso mais emblemático é o de Neil, que teria morrido após comer uma feijoada envenenada em Duque de Caxias (RJ). Segundo a polícia, Ana Paula viajou de Guarulhos ao Rio de Janeiro com o objetivo de cometer o crime, supostamente a pedido de Michele Paiva da Silva, filha da vítima, também presa por suspeita de participação.
Método e motivação
De acordo com o Ministério Público, Ana Paula agia por motivo torpe, utilizando venenos que dificultavam a defesa das vítimas e faziam as mortes parecerem naturais. Os investigadores acreditam que ela possuía conhecimento técnico sobre o uso e a dosagem das substâncias, o que lhe permitia controlar o tempo de ação do produto.
As polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro continuam investigando o caso para determinar se Ana Paula pode estar envolvida em outros envenenamentos semelhantes.
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