A morte de mais um detento fez a temperatura na Cadeia Pública de Anápolis subir, nesta quarta-feira, 29/05. Este ano, já foram contabilizadas três mortes no Centro de Inserção Social “Luiz Ilc”, na região Norte da cidade. Na terça-feira, 28, havia relatos de tensão por parte de parentes de presos, que fizeram uma vigília no local devido à transferência de um grupo de 34 detentos para uma ala, onde, possivelmente, esse grupo não seria bem recebido por facções de criminosos rivais.
Ainda nesta quarta-feira, 29, a movimentação na cadeia pública era grande. Os familiares pediam para que os 34 presos retornassem para as alas aonde estavam anteriormente, porque estariam mais seguros.
À Rádio Manchester, uma fonte que preferiu não se identificar, mas que conhece bem a realidade da Cadeia Pública, conforme a emissora, informou que a tensão entre os detentos estaria relacionada à insatisfação dos presos com a nova direção do Centro de Inserção Social. Inclusive, a mesma fonte considerou que o caso poderia resultar até num possível massacre no interior do CIS “Luiz Ilc”. Durante a reportagem na emissora, uma parente de preso informou que os presos que foram trocados de ala estavam nus.
A Polícia Militar, por meio do 28º Batalhão, intensificou a operação Presídio Mais Seguro, com o apoio da Força Tática Motos.

Ao longo dos anos, a Cadeia Pública é um problema na área da segurança pública de Anápolis, sobretudo, para os moradores do Bairro Recanto do Sol e imediações, que vivem o temor de rebeliões e fuga de presos. A carceragem, que deveria abrigar em torno de 300 a 350 presos, até poucos dias estava com 900, segundo relato do advogado Gilma5r Alves, do Conselho da Comunidade de Execução Penal. Segundo ele, a situação no Cis “Luiz Ilc” só não é pior devido ao trabalho permanente que o Conselho realiza no local, através de ampliação do espaço, biblioteca, cursos e outras ações.