Por enquanto, a movimentação se dá nos bastidores. Partidos e candidatos buscam avaliar o cenário. A previsão é que a partir de março e abril, o quadro comece a ganhar novos contornos. Mas, o calendário eleitoral já correndo.
As eleições gerais de 2022 ainda não alcançam o interesse da grande maioria do eleitorado brasileiro, goiano e anapolino. E a razão é simples: indefinições. E não há nada de errado nisso. Esse período agora, meio “banho maria”, é típico do processo.
Por ora, há muita conversa de bastidor e pouca decisão.
Políticos e partidos trabalham para entender o cenário que vai se formar, para que possam tocar adiante os seus projetos e alinhar estratégicas para a busca de votos.
Até outubro, muita água ainda vai passar por debaixo da ponte.
Porém, algumas definições deverão clarear um pouco a visão do eleitorado, a partir dos meses de março e abril.
A partir de 3 de março até 1º de abril, será considerada “justa causa” a mudança de partido por detentoras ou detentores de mandato dos cargos de deputado federal, estadual e distrital.
É a chamada “janela partidária”, que permite que os ocupantes dos cargos citados possam mudar de legenda partidária, sem incorrer no risco de perderem os seus mandatos.
Assim, haverá muita migração de partido entre possíveis candidatos e isso, sem dúvida, é um divisor de águas importante dentro do contexto das eleições em curso.
Também há de se considerar que, a partir do dia 5 de março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá estar com todas as instruções relativas ao pleito desse ano já publicadas. Ou seja, ainda há tempo de alguma mudança.
Mas, a maioria das normas já foram editadas e estão valendo. O jogo começou!
No campo partidário, uma definição importante está por ocorrer, que é a homologação do União Brasil, resultado da fusão do Democratas com o Partido Social Liberal (PSL).
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O novo partido deve abocanhar uma parcela bastante considerável dos fundos eleitoral e de campanha. E, por isso, é um fator de peso também dentro do processo político em curso.
A partir da homologação, deve ocorrer o direcionamento da nova legenda em relação à eleição presidencial e a eleição para governador nos estados.
Além da definição de comando da sigla. Tudo isso tem seu peso.

Domicílio, estatutos, renúncia
No mês de abril, também há definições importantes. O dia 2, por exemplo, é o prazo fatal para que os partidos políticos e federações (uma novidade no pleito desse ano), devem ter obtido o registro de seus estatutos no TSE.
É, também, o prazo limite para que os candidatos e candidatas devem ter o domicílio eleitoral na circunscrição onde irá concorrer.
E, ainda, é a data final para que o Presidente da República, Governadores e, até, Prefeitos, devem renunciar aos respectivos mandatos caso queiram concorrer nas eleições em cargos diferentes daquele que ocupa.
Convenções e campanha
Passada essa fase, abre-se uma outra mais adiante, com as convenções partidárias, que efetivamente vão homologar as candidaturas, alianças e federações (casos sejam criadas).
Portanto, o eleitor que se prepare porque muita conversa de bastidor ainda vai ocorrer daqui até o período das convenções.
E, a partir daí é que a campanha começa e, então, as atenções devem ser redobras, porque será a fase de conhecer os candidatos, ouvir as suas propostas e buscar as avaliações para o momento final da eleição: o voto.
