Algumas categorias trabalhistas sofrem mais que as outras por conta do desastre social causado pela pandemia do novo coronavírus. Delas, se exige muito mais do que o constante no contrato original de trabalho, com sobrecargas de horários, multiplicação de atividades e pressão de todo lado, principalmente por parte do público usuário de seus serviços.
Um exemplo no Brasil é a classe dos economiários (servidores da CAIXA) que, com o advento da pandemia e as mutações sociais, dentre elas a instituição do Auxílio Emergencial, se viram, da noite para o dia, em meio ao aumento dos serviços deles cobrados e das exigências que o sistema impõe.
Os economiários passaram a ser convocados para trabalharem aos sábados, em feriados, em horários diferenciados para atenderem aos milhões de beneficiários do Auxílio Emergência e os dos programas Bolsa Família e seus afins Uma saga que durou, praticamente, um ano. E, vem mais por aí… O programa vai ser aplicado por, pelo menos, mais quatro meses. Isto provoca esgotamento físico e mental, estresse, mudança de rotina, complicações familiares e outros problemas não existentes antes.
E, o que dizer, então, dos agentes de saúde, como médicos, enfermeiros, socorristas paramédicos e demais trabalhadores desta área? Um estudo da Fundação “Oswaldo Cruz” diz que há mais de um ano atuando na linha de frente contra a Covid-19, os profissionais da área da Saúde estão esgotados.
E, essa exaustão advém, não só da proximidade com o elevado número de casos e mortes de pacientes, colegas de profissão e familiares, como também, das alterações significativas que a pandemia provoca em seu bem-estar pessoal e em sua vida profissional. A pandemia alterou, de modo significativo, a vida de 95% desses trabalhadores.
Os dados revelam, ainda, que quase 50% admitiram excesso de trabalho ao longo desta crise mundial de saúde, com jornadas para além das 40 horas semanais, e um elevado percentual (45%) deles necessita de mais de um emprego para sobreviver.
Não se quer, aqui, todavia, desmerecer outras categorias profissionais que, também, têm se sacrificado em favor da coletividade. Dentre elas a dos policias; dos bombeiros; dos garis; dos motoristas do transporte coletivo, caixas de supermercados e outras que estão em constante contato com um público heterogêneo, de procedência não sabida, que pode, ou não, estar contaminado. Mas, por dever de ofício, esses profissionais têm de encarar a realidade.
A todos eles, então, deveria haver o reconhecimento da sociedade organizada, de agradecer pelo trabalho que eles prestam. O que, nem sempre, é visto por aí.
A galera do TI que coloca os Home Office para funcionar então nem são lembrados 😬😬😬😬😬