Foi realizado na tarde desta segunda-feira, 05/02, o lançamento da campanha Anápolis Contra a Dengue. E evento, no Teatro Municipal, reuniu dezenas de lideranças de vários segmentos organizados do município.
A ideia central é justamente mobilizar a população nesta batalha contra o mosquito Aedes aegypti, que além da dengue pode também transmitir outras doenças como febre Chikungunya, zika e febre amarela.
Na semana passada, o prefeito já havia antecipado a estratégia em uma reunião de trabalho e, agora, o leque de participantes foi ampliado e as medidas foram detalhadas, além da coleta de contribuições dos setores organizados.
A coordenadora de Epidemiologia, Mirlene Garcia, apresentou o raio-x da situação da dengue no município. O número de casos notificados já passa de 2,3 mil. Contudo, disse ela, esse número deve ser potencialmente maior, porque muitos casos não chegam para a notificação.
Além disso, já estão em investigação epidemiológica cinco possíveis óbitos por dengue e suas complicações.
Devido a alta incidência, segundo frisou Mirlene Garcia, já se pode dizer que há um quadro de epidemia de dengue no município.
Ações
A servidora ainda pontuou sobre ações desenvolvidas pela municipalidade, entre elas: – Mobilização social; Reforço das atividades de rotina; Zap da dengue; Implantação de unidades de referência (UBSs) e Dia da Prefeitura nas Ruas.
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As ações serão de cunho educativa, portanto, não havendo a necessidade de os segmentos mobilizados que participam da campanha, adentram imóveis. Também não haverá retirada de descartes de nenhum imóvel, o que será feito pelas equipes competentes.
No material a ser distribuído, será informado a forma como as pessoas poderão fazer denúncia de focos do Aedes aegypti. Essa informação poderá ocorrer via Zap da Dengue.
Envolvimento
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jonas Neto, destacou que a campanha, com o envolvimento da sociedade é fundamental para o enfrentamento da epidemia que está se registrando no país. Segundo ele, a dengue “só se vence com a união da sociedade”. Ele pontuou que é preciso fazer o “dever de casa” com a prevenção para, inclusive, salvar vidas.
Na sequência do evento, representantes de vários segmentos fizeram uso da palavra para expor a participação e ações que estão também realizando em prol da causa.
Entre as representações, a Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), através de seu presidente, Augusto Ventura, elogiou a ação e colocou à disposição a instituições, sobretudo, os setores ligados à área da saúde.
União
Da mesma forma, a Base Aérea de Anápolis, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros colocaram-se à disposição para colaborar na iniciativa, que conta ainda com participação das instituições religiosas, movimentos sociais, clubes de serviço e vários outros setores organizados.
A secretária municipal de Saúde, Eliner Rosa, reforçou que não há combate à dengue sem a efetiva participação popular. Ela também enfatizou a importância da mobilização da estrutura para realização dos atendimentos aos pacientes.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Domingos Paula falou que a força-tarefa é cada um fazendo o seu “dever de casa”. Além disso, disse que o Legislativo vai reforçar o trabalho educativo através dos meios de comunicação da Casa de Leis.
O vice-prefeito Roberto Naves também destacou a importância dessa iniciativa de unidade da sociedade. Ele lembrou que a unidade foi destaque no Brasil no enfrentamento da pandemia da Covid-19.
Responsabilidade de todos
O prefeito Roberto Naves ressaltou que não se pode “terceirizar” responsabilidades. É necessário que haja, de fato, o engajamento. Segundo ele, Anápolis tem mais de 115 mil imóveis edificados e 30 mil lotes. “A Prefeitura não dá conta de tudo isso”.
Conforme pontuou, a Prefeitura vai fazer a sua parte indo para as ruas, colocando estrutura na área de saúde e reforçando a limpeza de lotes e, inclusive, não haverá “mão na cabeça” em relação às multas aplicadas por aqueles que de fato são responsáveis em limpar os lotes.
Ainda na sua fala, Roberto Naves destacou que se todos não ajudarem a cidade não terá leitos suficientes para acolher os pacientes.
Ele exemplificou que num bairro ou num condomínio fechado que tem um surto de dengue, a responsabilidade é de quem mora ali. A prefeitura vai mandar o fumacê, vai tomar as medidas necessárias, mas sem esse apoio o trabalho pode ser em vão.
Ele conclamou a todos os presentes que ajudem a sensibilizar as pessoas do seu entorno, ou seja, da região onde mora, do local de trabalho e outros.
Ainda, disse que é preciso entender que a dengue não tem remédio e que o remédio é a hidratação.
Fica o nosso apelo para que possamos enfrentar essa epidemia da mesma forma como enfrentamos a Covid. Quem conseguiu a vitória foi Deus e que ele faça de nós uma ferramenta para isso”.
Unidades de Saúde exclusivas para dengue:
- UBS Maracananzinho- Atendimento pediátrico
- UBS Bairro de Lourdes
- UBS Vila União
- UBS Vila Norte
- UBS Filostro Machado
- UBS Parque Iracema
- UBS Leblon- Centro de Reabilitação e Retaguarda
