Subsidiômetro mostra o quanto os subsídios impactam na composição da tarifa de energia dos consumidores residenciais
Informações obtidas pelo Conselho de Consumidores de Energia do Estado de Goiás (CONCEG) junto ao Subsidiômetro, a plataforma criada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), apontam que os subsídios suportados na conta de energia elétrica paga pelos consumidores brasileiros, de uma maneira em geral, e pelos goianos, têm aumentado ano a ano.
Nesta segunda-feira, dia 19 de dezembro, os subsídios na conta de energia dos brasileiros, conforme demonstra o Subsidiômetro, atingiu a cifra de R$ 28,636 bilhões.
A ferramenta indica o quanto os subsídios representam na tarifa dos consumidores residenciais do país e o impacto é de 12,74%.
Os três subsídios que mais impactam na conta de energia do consumidor em geral no Brasil, são: Conta Consumo de Combustível- R$ 10,050 bilhões (35,10% do total de subsídios); Consumidor Fonte Incentivada- R$ 7,466 bilhões (19,72%) e Tarifa Social- R$ 3,794 bilhões (13,25%).
Ainda entram na conta os subsídios: Geração Distribuída, Irrigação e Aquicultura, Rural, Universalização, Carvão e Óleo Combustível, Distribuidora de Pequeno Porte e, até, o subsídios de Água, Esgoto e Saneamento.
Em 2018, os subsídios na conta de energia somavam cerca de R$ 18,78 bilhões. Agora em 2022, o valor saltou para R$ 28,64 bilhões, com incremento de 52,50%.
Em termos percentuais, a média era de 5,51% em 2018. Em 2019 passou para 7,96% e para 9,19% em 2020. No ano passado caiu um pouco, para 8,70% e, este ano, está em 12,74%.
Goiás
O Subsidiômetro permite também analisar dados por estados e tipo de outorga. No caso, a pesquisa reflete os dados da área de concessão da Enel Distribuição Goiás.
Até 19 de dezembro, a ferramenta mostra que os subsídios suportados na conta de energia elétrica dos goianos, somava aproximadamente R$ 572 milhões, com um impacto médio na tarifa residencial de 17,66%.
Por tipo, os que mais impactam na conta de energia dos goianos, são: Consumidor Fonte Incentivada- R$ 170,3 milhões (29,76%); Geração Distribuída- R$ 96,0 milhões (16,79%); – Baixa Renda- R$ 86,9 milhões (15,19%);- Rural- R$ 83 milhões (14,51%).
E ainda: Irrigação e Aquicultura- R$ 78,2 milhões (13,65%); Geração Fonte Incentivada- R$ 25,4 milhões (4,4%); Universalização- 20,8 milhões (3,65%) e Água, Esgoto e Saneamento- R$ 11,4 milhões (2,0%).
Em 2018, os subsídios em Goiás somavam em torno de R$ 360 milhões. Esse ano, o valor é de aproximadamente R$ 570 milhões, com incremento de 58,33%.
Em 2018, o impacto médio dos subsídios na tarifa de energia residencial era de 8,08%. Esse ano, representam 17,66%.