O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pediu que o Conselho Nacional do Ministério Público informe o andamento e a previsão de julgamento do processo disciplinar a que o ex-senador goiano Demóstenes Torres responde. Após receber as informações, Mendes vai decidir se atende ao pedido do ex-parlamentar para voltar a exercer o cargo de procurador de Justiça em Goiás. Não existe, todavia, um prazo definido para que a decisão seja adotada.
Demóstenes Lázaro Xavier Torres é alvo de processo disciplinar que apura possíveis irregularidades em sua conduta no exercício da função. O Ministério Público de Goiás investiga a conduta do ex-parlamentar, acusado de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
No mês passado, o ex-senador Demóstenes Torres pediu ao Supremo Tribunal Federal para voltar ao cargo. Na petição, ele alega que o afastamento é ilegal, por ter alcançado o prazo máximo definido pela norma do MP-GO. Ele, também, pede o arquivamento do processo disciplinar, por entender que a peça não descreveu qualquer irregularidade cometida, baseando-se, apenas, na transcrição de gravações telefônicas.
As denúncias resultaram da participação do ex-senador nos episódios relativos às operações Vegas e Monte Carlo, que apuraram esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos em Goiás e no Distrito Federal. Primeiramente, o material relativo a Demóstenes foi enviado ao STF, mas, com o afastamento dele do cargo político e a perda da prerrogativa de foro, os autos foram encaminhados à Justiça goiana. Demóstenes Torres renunciou ao mandato em 2012. Em seu lugar assumiu o suplente Wilder Morais.
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