Oitenta anos de história em oitenta poemas autorais diferentes. Foi assim que Tânia Maria Diniz celebrou seu aniversário, comemorado no último dia 31, com o primeiro livro em mãos. Por meio de sua inspiração e vivência, traçou momentos captados por ela própria, junto de emoções e instantes traduzidos em versos e estrofes, que totalizaram cinco blocos de texto, convertidos na obra “Porta-Retrato”.
Mas, talvez tais manuscritos acabassem não sendo expostos ao mundo por meio do livro. Afinal, os blocos de texto acabaram sendo encontrados por um dos netos de Tânia, que propôs a confecção da obra à família. Pedido prontamente aceito e que mobilizou filhos, filhas, netos e bisnetos nesta missão cultural.
Da vivência à obra
“Poesias” apenas de “alguém” que procura escrever… Tal transcrição estava presente na capa de cada bloco de texto, que somavam inúmeros versos. Na assinatura, Tânia Maria ou Fênix, como a ave mitológica que representa os ciclos da vida, o recomeço e a esperança de dias melhores. Filha do histórico Sócrates Diniz, a escritora sempre foi dedicada à leitura e apreciadora das artes, se aventurando em algumas delas e utilizando sua história vívida para criar poemas belos.
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Emocionado ao encontrar os blocos de anotações, o neto Mattheus logo propôs a Claudine Diniz, filha da autora, que editasse o livro. Prontamente aceito, reunindo ainda outros irmãos e irmãs para a homenagem de capa e folhas de papel. Além da família, nomes como do poeta Guilherme Cobelo, da doutora em literatura Eva Leones e de Ana Maria Lopes, uma das fundadores do Coletivo Maria Cobogó, foram vitais para a publicação. A última, inclusiva parabenizou Tânia Diniz “por descobrir a escritora que havia dentro dela desde o berço”.
“Emoção, em primeiro lugar. Depois um profundo sentimento de reverência. Conexão com minha ancestralidade e um misto de amor e admiração por minha mãe-escritora”, relata Claudine, editora do livro “Porta-Retrato” e filha de Tânia.
Lançamento
O primeiro livro de Tânia Diniz está com datas marcadas para o esperado lançamento. Em Anápolis, cidade a qual constituiu boa parte de sua história, ocorre a apresentação oficial na União Literária Anapolina, no próximo dia 28. Já em maio, no dia 5, a obra “Porta-Retrato” também ganha espaço em Brasília, no Beirute da 109 Sul.