O Sistema Único de Saúde (SUS) começou a oferecer o teste molecular de DNA-HPV, desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), para rastreamento do câncer de colo do útero.
A tecnologia detecta 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), permitindo identificar a presença do vírus em estágios iniciais, mesmo em mulheres assintomáticas. Isso amplia os intervalos entre exames para até cinco anos, reduzindo custos e evitando intervenções desnecessárias. O novo teste substituirá o papanicolau, que continuará sendo usado apenas para confirmação de casos positivos. A coleta do DNA-HPV é similar, utilizando secreções do colo uterino processadas em laboratório para análise.
Implementação gradual
O teste foi avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) e começou a ser integrado na rede pública em 2024. Inicialmente, será ofertado em 12 estados e no Distrito Federal, priorizando municípios com serviços de referência para colposcopia e biópsia. A meta é atingir 7 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos até dezembro de 2026. O Ministério da Saúde destacou o potencial do teste para alcançar populações em áreas remotas, promovendo equidade e eficiência no diagnóstico.
Impacto do HPV
O HPV é responsável pelo câncer de colo do útero, a terceira maior incidência de câncer entre mulheres no Brasil, com 17 mil novos casos anuais entre 2023 e 2025. Segundo o Inca, há 15 casos para cada 100 mil brasileiras, com maior letalidade no Nordeste, onde 20 mulheres morrem diariamente. Reconhecido pela OMS como padrão ouro, o teste DNA-HPV integra o plano global de eliminar esse tipo de câncer como problema de saúde pública até 2030. O Ministério considera a nova oferta um marco para a saúde da mulher no Brasil.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.