Com o avanço da variante delta do coronavírus, vários países tem fomentado dúvidas acerca da necessidade de uma terceira dose de vacina ser tomada. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última segunda (19), a realização de um estudo clínico envolvendo o imunizante da AstraZeneca e uma nova carga de reforço.
Anápolis terá monumento para reverenciar as vítimas da Covid-19
Os voluntários serão, em geral, profissionais da saúde que estiveram envolvidos no estudo inicial da agência. A terceira dose será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda. A Anvisa também já havia autorizado a Pfizer a realizar testes semelhantes no último dia 18.
“Trata-se de um estudo de fase 3, controlado, randomizado, simples-cego, ou seja, em que só o voluntário não saberá o que tomou: se uma dose da vacina ou de placebo”,
afirma a Anvisa em nota oficial.
Patrocinado pela AstraZeneca, o estudo será realizado nos estados da Bahia (1.500 voluntários), Rio de Janeiro (1.500 voluntários), Rio Grande do Sul (3.000 voluntários), Rio Grande do Norte (1.500 voluntários) e São Paulo (2.500 voluntários). Posteriormente, todos os participantes do grupo que tomarem o placebo serão convidados a serem imunizados.
OMS
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma nova dose do imunizante ainda não é necessária. O órgão afirma que a prioridade do momento é de expandir a vacinação, sobretudo aos países mais pobres.
“Pode ser que você precise de reforços depois de um ou dois anos, mas neste ponto, seis meses após a dose primária, não parece haver qualquer indicação”
Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS
Em um cenário que a circulação do vírus ainda é grande, com boa parte da população ainda não vacinada, a tendência é que novas variantes surjam com reforços adiantados da vacina. A OMS ainda reitera que não há evidência definitiva que uma dose extra seja vital no momento.