´Num primeiro momento pensei que não iria mais conseguir viver. Foi quando recebi o atendimento dessas pessoas´, diz. O desabafo é de uma pernambucana, moradora de Anápolis há quatro anos, que ficou sem chão ao flagrar o ex-marido abusando sexualmente das duas filhas – sendo uma delas deficiente mental. Após vivenciar o abuso, Maria (nome fictício) ainda foi vítima de uma tentativa de homicídio.
A história de Maria ocorreu em outubro do ano passado e, de lá pra cá, ela vem recebendo apoio sistêmico de equipes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho, Emprego e Renda por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Ela relembra que o primeiro contato foi com a patrulha da Lei Maria da Penha. ´Eles me atenderam, levaram para a delegacia e ele foi preso no mesmo dia´, afirma.
Em sequência, passou pelo Centro de Referência à Mulher e pelo Cais Mulher. A família passou por exames médicos e, atualmente, é assistida por psicólogos e psiquiatras. Numa espécie de gratidão plena, recente e espontaneamente, buscou conhecer a secretária da pasta, Nair de Moura Vieira. ´Eu precisava agradecer. Reconheço que nunca teria esse tipo de atendimento em Pernambuco. Hoje estou de pé, cuidando de minha família, graças a um atendimento que não foi só trabalho, foi carinho, amor e atenção´, se emociona.
Esse é apenas um exemplo dos trabalhos feito pelo Creas, em Anápolis. O centro oferece serviços especializados a família e indivíduos em situação de risco pessoal e social. ´O acompanhamento é feito tanto para a vítima quanto para a família. Trabalhamos para recuperar a autoestima e quebrar esses traumas que ficam, para voltarem a vida normal´, diz Nair Moura.
Na prática, são várias as portas de entrada das denúncias de vulnerabilidade: disque 100, conselhos tutelares e pela rede de educação, por exemplo. Para atender essas demandas, são disponibilizados profissionais como assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, advogados e educadores sociais. O objetivo é restabelecer vínculos, garantia de direitos e proteção integral. A capacidade de atendimento dos Creas é de 80 famílias.
A diretora de proteção social e especial da pasta, Erizânia Freitas Lobo conta que, pela primeira vez, os dois centros estão com equipe completa de profissionais. ´Além das obras que estão sendo feitas que estão gerando acessibilidade, seguindo as normas´, afirma. Ela ressalta que o Creas faz parte da rede de proteção do município que visa articular secretarias municipais, judiciário, Ministério Público, sociedade civil, conselhos tutelares, entre outros.
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