Não se sabe, ao certo, quantas pessoas vivem com famílias que, por um motivo, ou, outro, as adotaram como filhas. E, é com base nisso, que começou um movimento que visa alinhar objetivos e redigir um estatuto para a fundação da primeira associação de adotados do Brasil. O lançamento da Adotiva (Associação Brasileira de Pessoas Adotadas) vai ser feito oficialmente nesta quinta, 2 de dezembro, a partir das 19 horas, com uma live transmitida pelo perfil da entidade (@adotivabrasil) no Instagram.
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De acordo com os fundadores, a ideia é ir além do apoio à busca por origens biológicas, uma demanda comum em grupos de WhatsApp dedicados ao tema, e projetar ações para pluralizar narrativas sobre adoção, lutar por políticas públicas adequadas e buscar reparação histórica por omissões do Estado e violações de direitos, como separações entre famílias de origem de forma violenta e despreparo de profissionais. A entidade diz receber histórias de crianças que não foram comunicadas da morte de parentes biológicos porque, segundo os profissionais, isso impediria o vínculo com a nova família. Existem casos, também, de pessoas adotadas que não puderem se despedir da mãe biológica e já foram enviadas para outras famílias. A iniciativa é vista como um passo importante para quebrar um ciclo de silêncio e constrangimento que faz com que, entre outros transtornos, o índice de tentativas de suicídio entre adotivos seja quatro vezes maior do que entre filhos biológicos, segundo dados da própria entidade.