Começaram os dois primeiros módulos do curso de Preparação Psicossocial e Jurídicas para Pretendentes à Adoção, com a participação de diversas comarcas do interior do Estado. Nas duas sessões (totalmente virtuais em razão do cenário pandêmico) os 305 candidatos presentes ficaram muito emocionados.
O projeto é da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás, através da Divisão Interprofissional Forense e da Comissão Judiciária Estadual de Adoção, juntamente com a Coordenadoria da Infância e Juventude, e a Escola Judicial de Goiás.
Com os temas “Adoção, uma conta que não fecha. Por que?” e “Perfil da criança/adolescente disponível para adoção x perfil desejado pelos pretendentes”, o juiz Donizete Martins de Oliveira, auxiliar da Corregedoria e, idealizador da iniciativa, falou sobre a experiência gratificante de se adotar uma criança e todas as motivações para concretizar esse sonho. Segundo ele, “adotar uma criança é um ato de amor, talvez o maior que um ser humano possa experimentar. Já do ponto de vista do adotado podemos afirmar que ele terá um lar, a estrutura familiar necessária para crescer e se desenvolver plenamente, de forma saudável. A experiência da convivência familiar é, sem dúvida, um caminho que deve ser seguido sempre”, concluiu o magistrado.
Outros ministrantes
A juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia e Coordenadora Geral da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Goiás, uma das mais experientes e sensíveis magistradas atuantes nesta seara que em todo o tempo esteve engajada para a promoção do curso, disse que adotar é uma forma de se gerar um filho na alma, no coração. “Estamos aqui na busca de uma família para uma criança e não de uma criança para uma família. Precisamos despertar nossa consciência para esse fato”, conclamou, sensibilizando os pretendentes.
Por sua vez, o juiz Carlos José Limongi Sterse, do Juizado da Infância e Juventude de Anápolis e Coordenador da Infância e Juventude no Interior, também foi expositor e deu ênfase à afetividade e ao amor, ao assegurar que, na realidade, os pretendentes é que são escolhidos e não o contrário. Ele também definiu como positivas, as mudanças no cenário da adoção de crianças e adolescentes não só em Goiás, mas em todo o País. “As estatísticas comprovam que a busca pela adoção é resultado da luta diária de magistrados, do Sistema de Justiça e da Rede de atendimento protetiva em garantir o quanto antes os direitos fundamentais da criança em ter uma convivência familiar”, comentou Carlos Limongi. (Comunicação social da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás).