A tragédia começou quando Cláudio Alves, após sua separação, solicitou um exame de DNA para confirmar a paternidade de seu filho. Yasmin Kessia da Silva, sua ex-mulher, também pediu o exame, e os resultados mostraram que o sangue do bebê não era compatível com o dela. “Eu pensei que era um erro, mas veio a contraprova”, relatou Yasmin.
Contato com outra família
Após o exame, Yasmin entrou em contato com outra família que havia dado à luz no mesmo dia, no Hospital da Mulher, em Inhumas, Goiás. Isamara Cristina Mendanha e Guilherme Luiz de Souza, pais da outra criança envolvida, realizaram exames de DNA que também confirmaram a incompatibilidade. Os bebês nasceram no dia 15 de outubro de 2021, e os resultados mostraram que as crianças com quem cada família conviviam não eram seus filhos biológicos. Contudo, a confirmação de qual criança é o filho biológico de Yasmin ainda depende de autorização judicial.
Impacto
A revelação causou grande impacto nas duas famílias. Cláudio, visivelmente abalado, disse que o erro mexeu profundamente com as vidas deles. “É um choque muito grande. Não tenho estrutura psicológica para isso”, afirmou. O advogado das famílias, Kuniyoshi Watanabe, destacou que a decisão sobre a troca das crianças dependerá do juiz, mas acredita que a solução poderá envolver a convivência de “dois pais e duas mães”.
Investigação
A Polícia Civil de Goiás segue investigando o caso, mas não se manifestou sobre o andamento das apurações. A corporação afirmou que todas as pessoas envolvidas já foram ouvidas e que diligências seguem em andamento para esclarecer as responsabilidades pela troca. O Hospital da Mulher, onde os bebês nasceram, informou que está colaborando com a investigação, mas os detalhes dos depoimentos permanecem confidenciais para garantir o andamento do inquérito.
Famílias afetadas
As famílias aguardam ansiosamente por respostas. O caso trouxe sofrimento emocional profundo, como relatou Silvânia Hilário, avó de uma das crianças trocadas, que, ao saber da notícia, se refugiou em um guarda-roupa com o neto para encontrar consolo. “Cada batida do meu coração pertence a ele”, desabafou. A necessidade de acompanhamento psicológico foi destacada por especialistas, dada a gravidade do impacto emocional nas pessoas envolvidas.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.
Leia também: Editorial 981 – Ano sem urnas