Na sua visita ao município, presidente da República voltou a criticar o sistema de votação brasileiro e reafirmou que existiu fraude nas eleições de 2018
A vinda de Jair Bolsonaro a Anápolis, no último dia 09 de junho, ainda está dando o que falar. Nesta segunda-feira, 21/6, o corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Felipe Salomão, abriu o prazo de 15 dias para que o presidente da República apresente provas sobre as afirmações feitas na Igreja Church In Connection, a cerca de uma possível fraude nas urnas eletrônicas.
“Eu fui eleito no primeiro turno. Eu tenho provas materiais disso, mas o sistema, a fraude que existiu sim, me jogou para o segundo turno”, disse. “Outras coisas aconteceram e eu só acabei ganhando porque tive muito voto e algumas poucas pessoas que entendiam de como evitar ou inibir que houvesse a fraude naquele momento”.
Ainda, segundo Salomão, o não esclarecimento de relatos de natureza genérica relativos à existência de fraudes nas eleições pode macular a imagem da Justiça Eleitoral quanto ao seu dever de garantir a legitimidade dos pleitos, já que a credibilidade das instituições eleitorais constitui pressuposto à preservação da estabilidade democrática e à manutenção da normalidade constitucional.
Na ultima quinta-feira, em sua live semanal, Bolsonaro disse que o Brasil pode ter uma convulsão social se não houver a aprovação do voto impresso para as urnas eletrônicas para as eleições do próximo ano.
Lembrando que para que haja uma verdadeira legitimidade do pleito e que a imagem da instituição TSE não seja manchada, os magistrados deverão implementar o voto impresso prestes a ser aprovado pelas casas legislativas. Caso contrário seguirão marginais à lei e na obscuridade, longe da luz e lisura que a democracia demanda.