Vitória, aliás, está num contexto muito apropriado para essa jovem, Maria, que com os seus 15 anos de idade é uma fonte de talento, inspiração, superação e amor.
Num dia de domingo, a mãe de Maria, Cleide Francisco de Abadia, estava em casa no Residencial Copacabana, onde reside a família, e a filha chegou com um caderno e pediu que ela olhasse o que havia escrito.
Cleide largou os afazeres e, quando terminou de ler o que estava no caderno, ficou emocionada. Ela, então, perguntou à filha de onde ela havia tirado aquilo que estava no papel.
No que Maria respondeu: “Eu que inventei”. E mostrou o dedo apontado para cabeça. Na verdade, não se tratava de invenção, mas de uma história.
Nessa história, Maria Vitória fala um pouco de si. Aí, dá para se ter uma ideia do quão as palavras são importantes para que possamos nos situar no mundo, a partir do entendimento do valor de cada pessoa, de cada vida.
A história de Maria virou um livro, com o incentivo de professores (as) do IFG Anápolis- onde a mãe estuda- e da Escola Municipal Luiz Carlos Bizinotto- onde Vitória estuda.
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No meio do caminho, maria Vitória também foi recebida na Câmara Municipal e no Gabinete Municipal. Tudo devidamente registrado e com os devidos agradecimentos.
Perfil
Logo de início, Maria Vitória surpreende compartilhando a sua própria história que, segundo narra, começou quando ela estava ainda no ventre da mãe e houve uma alteração no gene responsável pela codificação dos receptores do fator de crescimento fibroblastico tipo 2, que é localizado no braço longo do cromossomo 10.
Trocando em miúdos, Maria é portadora da Síndrome de Crouzon, uma doença rara que atinge cerca de 1 a cada 50 mil crianças.
Ainda na narrativa, a jovem escritora conta que o seu nascimento foi, portanto, marcado por muita surpresa e apreensão, pois os médicos, então, não acreditavam que ela pudesse ter muito tempo de vida. No máximo, poderia chegar a um ano e, sobrevivendo, talvez não pudesse andar, ver, falar, ouvir.
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“No entanto, Deus que sempre me acompanha me mostrou ao contrário”, destaca.
E, ainda na sua própria apresentação, Maria Vitória diz que “desacreditando toda ciência, todo diagnóstico clínico, hoje eu sou um milagre vivo!”
Hoje, como diz Maria, ela leva uma vida relativamente normal, estudando, fazendo aulas de teatro e balé, andando de skate ou patins.
“Ultimamente, descobri uma ferramenta que pode mudar o mundo que é a política”, descreve a autora do livro que, inclusive, tem o título: “O papel da política na vida das pessoas”.
A Política
“Estou fazendo uma descoberta como cidadã. Descobri que a política é a ferramenta que governa nosso país”, frisa Maria, contando que passou com a sua história pela Câmara Municipal, onde foi recebida no gabinete do vereador Lisieux Borges.
Também no Poder Executivo, onde foi recebida pelo prefeito Roberto Naves e a primeira-dama Vivian Naves.
No livro, são mencionados vários outros incentivadores, as professoras Elza Gabriela, Cláudia Helena e Kelen Borges, do IFG, onde a mãe dela estuda. Ao professor Fernando, da escola que a acolheu, do irmão Yago, que a ajudou com conhecimento acerca de uma outra paixão: o Japão, país que ela deseja conhecer.
“Sou uma pessoa cheia de sonhos, pois vejo as coisas como um jardim de flores, mesmo que tenham espinhos também”, afirma por meio das palavras entremeadas por gravuras e fotos no livro.
Expectativa
A mãe de Maria Vitória disse ao CONTEXTO que a filha quer seguir com o talento das letras, escrevendo drama, ficção, romance e outros gêneros.
Também busca apoio de algum editor interessado em fazer a publicação do livro, para que ele possa servir, inclusive, de inspiração a outras crianças e adolescentes.
“Por isso todos os livros que eu escrever para vocês, serão dedicados a pessoas que estenderam as mãos para ajudar a contribuir para o meu bom desenvolvimento!”, resume.
A mensagem de Maria é o que está no seu sobrenome: Vitória! Pelo seu carisma, pela sua garra, pelos sentimentos expressos de forma simples, mas que dizem muito sobre acreditar na vida, acreditar nas pessoas, acreditar na política como ferramenta para melhorar a vida de outras pessoas.
E, em tempo, Maria alcançou mais uma vitória: ela é a mais nova estudante do Instituto Federal de Anápolis (IFG) Câmpus Anápolis. Ela foi selecionada no curso de Comércio Exterior. O que vai de encontro à sua paixão por outros países e outros povos.
O Portal CONTEXTO divulgará um link para quem quiser conhecer e ler o livro de Maria Vitória.