A paixão fulminante de uma jovem secundarista por um aluno da mesma escola, a princípio, poderia ser considerada mais um caso de amor fugaz, de “coisas de estudante”. Mas, não foi isso o que aconteceu com Onaide e Adhemar Santillo. De um despretensioso flerte nascido em sala de aula, a um casamento que durou 60 anos. Foi assim que esta história se encerrou na manhã da última terça-feira, 09, quando o corpo do ex-prefeito, ex-deputado, ex-radialista, ex-empresário e líder comunitário baixou a sepultura. Sepultava-se, ali, com o corpo frio de Adhemar, um sonho que se tornou realidade, resistiu ao tempo e serviu de exemplo para muitos e muitos casais.

Onaide Santillo, companheira fiel, amiga, parceira, cúmplice de Adhemar em todos os sentidos, embora tivesse luz própria, pois passou pela experiência das urnas em várias ocasiões, quando obteve consagradoras vitórias, segundo as pessoas que conviviam mais proximamente do casal, nunca deixou que isso interferisse na vida a dois. Estavam, sempre, juntos e comungavam os mesmos ideais. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, como recomenda o texto bíblico ao dizer que ao se unirem em casamento os dois se tornam “uma só carne”.
Por muito tempo, certamente, irão contar a história do casal que viveu, intensamente, a realidade de Anápolis. Os seguidos sucessos na política, que levaram Adhemar a se transferir para Brasília por mais de uma década, em nada interferiram em seu projeto pessoal: defender Anápolis, cuidar da família e conviver com amigos, correligionários e qualquer pessoa que dele se aproximasse. Ao seu lado, a fiel escudeira de todos os momentos: a esposa Onaide.
No ambiente familiar, não era diferente. A dedicação aos filhos e netos fez desse casal uma referência na Cidade de Anápolis. Anfitriões perfeitos, seja em tempos de campanha seja em qualquer outra situação, as portas de sua casa estavam, sempre, abertas aos amigos, parentes, companheiros de jornada e, até, de estranhos anônimos. A gentileza, sempre, era a mesma. A camaradagem e a fina educação de Adhemar eram cativantes. Era incapaz de alterar a voz com um semelhante seu, diferentemente do que fazia nas tribunas quando saía em defesa do povo de Anápolis.
Com a morte de Adhemar silencia-se, também, a voz que os anapolinos, por décadas seguidas, se acostumaram a ouvir pela Rádio Manchester, sua outra grande paixão. As manhãs do rádio anapolino não serão mais as mesmas sem a voz marcante e vibrante de Adhemar Santillo na intransigente defesa de Anápolis e de seu povo. A esperança fica, agora, depositada em Onaide para continuar esta bela saga de um casal que viveu, intensamente, a realidade de Anápolis, de Goiás e do Brasil. Força, Onaide!
Um belíssimo exemplo de amor e cumplicidade! Força Onaide, que Deus te console e fortaleça.
Bela homenagem! Ele foi um grande político e em homem de grande coração.
Casal que sempre admirei pelo companheirismo, exemplo de casal e brilhante carreira política. Grande projeto foi desenvolvido em Anapolis onde vários menores foram beneficiados. “Projeto Dom Bosco” . Inclusive minha filha de aluna da Escola de Dança transformou numa brilhante professora, onde até hoje tem grande carinho pela Escola de Dança de Anapolis.