Uma pesquisa recente publicada no Journal of Alzheimer’s Disease traz à tona preocupações sobre o uso frequente de medicamentos populares para dormir no Brasil. O estudo, conduzido pela Universidade da Califórnia, sugere que medicamentos como zolpidem, clonazepam e diazepam podem aumentar significativamente o risco de demência, especialmente entre indivíduos brancos.
O estudo “Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal” acompanhou cerca de três mil idosos sem demência por nove anos. Aproximadamente 20% dos participantes desenvolveram demência durante o período de pesquisa. Os resultados mostraram que participantes brancos que faziam uso frequente de medicamentos para dormir tinham uma probabilidade 70% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que raramente ou nunca os utilizavam.
Yue Leng, autor principal do estudo, enfatiza a importância de considerar cuidadosamente a intervenção farmacológica para problemas de sono. Ele sugere a terapia cognitivo-comportamental para insônia como primeira linha de tratamento, mencionando a melatonina como uma possível alternativa mais segura, embora mais pesquisas sejam necessárias.
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Impacto dos medicamentos no organismo
Os medicamentos mencionados no estudo agem de formas similares no organismo:
- Zolpidem: Pertence à classe dos hipnóticos não benzodiazepínicos e age no receptor GABA, promovendo efeito calmante e sedativo.
- Clonazepam (Rivotril): Age diretamente no sistema nervoso, proporcionando sedação leve, relaxamento muscular e efeito tranquilizante.
- Diazepam: Pertence à classe das benzodiazepinas e potencializa os efeitos do neurotransmissor GABA no sistema nervoso central.
Todos esses medicamentos apresentam efeitos colaterais que podem incluir sonolência, tontura, alterações de memória e dificuldade de coordenação, entre outros.
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