Funcionários de Central de Abastecimento de Anápolis (CEARANA) relatam a falta de cuidados contra os riscos do novo coronavírus
A Central de Abastecimento Regional de Anápolis antigo Mercado do Produtor, no Setor Jamil Miguel, região Sul da cidade, é considerada um dos locais com o maior índice de aglomeração de pessoas em Anápolis. Diariamente, antes do nascer do sol, centenas de comerciantes; funcionários; vendedores, compradores e outros interessados já circulam pelo pavilhão dos produtores. Os dias de maior movimento são segunda, quarta e sexta feiras. O volume de pessoas que procuram o local para compras de hortifrutigranjeiros e outros produtos atinge o seu pico por volta das nove da manhã.
O administrador da CEARANA, Nivaldo Camilo Filho, garante que todos os servidores adotam medidas de prevenção, por causa da pandemia, seguindo, inclusive, “as orientações e protocolos passados pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente”. Mas, de acordo com ele, “está difícil controlar o fluxo de pessoas no momento, pela falta de mais funcionários”, justifica. “O que estamos fazendo sobre essa questão é exigir a entrada com as pessoas de máscaras. Porém, muitas das vezes, o pessoal não colabora, passa pela portaria e, logo em seguida, tira as máscaras”, acrescentou.
Outros problemas
De acordo com o empresário, Luciano Cardoso Correa (Comercial J), a aglomeração não é o único problema no Mercado do Produtor. Para ele, o local necessita de uma fiscalização mais rígida e eficaz por parte da vigilância sanitária. “A Prefeitura não está dando a assistência necessária, a higiene aqui dentro é péssima, deixa muito a desejar. Não tem uma desinfecção adequada nem uma desinfestação eficiente”, disse.
Segundo um servidor do Mercado, que pede para não ser identificado, dentro da Central de Abastecimento não existe um local apropriado para se fazer a higienização das mãos. “Não temos um lugar para lavar as mãos; há dias em que oito horas da manhã já não tem mais água. Também, a Prefeitura não disponibilizou nem álcool em gel, nem máscaras para os funcionários”, completou.