O papilomavírus humano (HPV) afeta cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, com a ocorrência de 700 mil novos casos anualmente. Transmitido principalmente por meio de relações sexuais, o HPV é uma das principais causas de câncer de colo de útero e está associado a outros tipos de câncer, além do surgimento de verrugas genitais e anais.
Especialistas ressaltam a importância da prevenção e da detecção precoce da infecção para mitigar os danos causados pelo vírus. A vacinação é considerada a medida mais eficaz para prevenir a infecção por HPV, conforme destaca Luiz Augusto Maltoni, cirurgião oncológico e diretor executivo da Fundação do Câncer.
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“A vacina é altamente eficaz, principalmente contra os tipos de HPV cancerígenos. É fundamental que todos os jovens entre 9 e 14 anos sejam vacinados, pois isso garante proteção antes do início da atividade sexual”, afirma Maltoni. Além disso, pessoas imunossuprimidas e aquelas portadoras de HIV/Aids, câncer ou submetidas a transplantes podem ser vacinadas em faixas etárias mais abrangentes, até 25 anos para homens e até 45 anos para mulheres.
Apesar da disponibilidade da vacina nos postos de saúde, a cobertura vacinal no Brasil está abaixo da meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 90%. Maltoni destaca o desconhecimento como um dos principais motivos para a baixa adesão à vacinação.
“As pessoas desconhecem que a vacina protege contra verrugas e câncer relacionados ao HPV, além de ser extremamente segura. Infelizmente, há movimentos anti-vacina que propagam informações infundadas”, alerta o médico.
A vacina contra o HPV está disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos nos postos de saúde, sendo administrada em duas doses como parte do esquema de imunização.
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