Assim, a variação acumulada no ano atinge 5,84% e o acumulado em 12 meses alcança 12,77% na capital goiana. Em junho do ano anterior, o índice foi de 0,61% em Goiânia.
No Brasil, a prévia da inflação acelerou em junho para 0,69%, ficando 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em maio (0,59%).
No acumulado do ano, o IPCA-15 tem alta de 5,65% enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2021, o índice foi de 0,83%.
Veículo próprio
O item com maior peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos em Goiânia é o Veículo próprio, que subiu 1,38% no mês de junho, acumulando 7,93% no ano e 16,08% nos últimos 12 meses.
O índice apresentou a 16ª alta seguida, após ter subido 0,67% em maio e 1,62% em abril e março do ano corrente.
O aumento do item ocorreu principalmente devido aos seguintes subitens:
- automóvel novo, que subiu 1,77% no mês, 9,42% no primeiro semestre de 2022 e 19,41% nos últimos 12 meses;
- automóvel usado, que subiu 1,06% em junho, 4,06% no ano e 16,19% nos últimos 12 meses;
- seguro voluntário de veículo (4,56% de alta no mês e 20,01% de alta no primeiro semestre do ano);
- motocicleta, que subiu 1,68 no mês, 9,75% no ano e 24,90% nos últimos 12 meses.
Outro item de forte peso na cesta de compras é Aluguel e taxas, que subiu 1,21% no mês,
acumulando 8,29% no primeiro semestre do ano e 11,13% nos últimos 12 meses. O principal aumento do item ocorreu em aluguel residencial, que subiu 2,29% no mês, 9,08% no ano e 13,35% em 12 meses.
Vestuário continua em alta e já acumula mais de 16% de aumento no primeiro semestre do ano A análise por grupos mostra que, dos nove pesquisados, oito apresentaram alta na prévia da inflação de junho em Goiânia.
A maior alta no mês ocorreu no grupo Vestuário (2,41%), quarta alta consecutiva. Com isso, o grupo acumula variação de 9,77% e de 9,95% no ano e em doze meses, respectivamente.
Os itens que mais pressionaram o grupo foram: roupa masculina (3,62%), roupa feminina (3,22%) e calçados e acessórios (1,84%).
O segundo grupo com a maior alta em junho foi o de Artigos de residência
(1,96%), devido às variações nos itens mobiliário (4,16%), utensílios e enfeites (1,96%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,80%).
Na sequência dos grupos que foram os principais responsáveis pela alta do IPCA-15 em junho na capital goiana vem Saúde e cuidados pessoais (1,41%), sexta alta consecutiva, acumulando variações de 7,95% e de 7,23% no ano e em 12 meses, respectivamente.
Entre os subitens que mais pesaram no mês estão vitamina e fortificante (4,45%), produto para cabelo (3,20%) e plano de saúde (3,07%), sendo que, no caso do último, é a primeira alta após 11 recuos consecutivos.
Completam as altas do mês de junho os grupos de Despesas pessoais (0,76%), Habitação (0,45%), Transportes (0,31%), Educação (0,14%) e Comunicação (0,01%).
O único grupo que teve queda em junho foi o de Alimentação e bebidas (-0,13%), primeira queda após 15 altas consecutivas.
Apesar da queda registrada, as variações acumuladas ainda permanecem elevadas, 8,34% e 14,03, no ano e em 12 meses, respectivamente. Os itens que apresentaram as maiores quedas no mês foram: cenoura (-37,01%), repolho (-21,88%), melancia (-15,07%), batata-doce (-14,75%) e batata-inglesa (-9,87%). Contudo, quando é considerado o peso do item na cesta do consumidor goianiense, os recuos que mais influenciaram foram: refeição (-1,86%), arroz (-0,55%), pão francês (-0,41%) e tomate (-4,30%).
IPCA-15 em Goiânia registra a quarta menor alta do país
Em termos regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em junho.
A maior foi em Salvador (1,16%), especialmente por conta da gasolina (4,25%) e do reajuste de 20,97% nas tarifas de energia elétrica (3,72%).
Já a menor alta foi em Belém (0,18%), influenciada pela queda nos preços do açaí (-8,08%) e da gasolina (-1,70%).
Goiânia apresentou o quarto menor aumento do país, influenciado pelas quedas nos combustíveis (-1,45%), alimentação fora do domicílio (-0,49%) e energia elétrica residencial (-0,95%).
Sobre o IPCA-15
O IPCA-15 difere do IPCA, a inflação oficial do país, somente no período de coleta e na
abrangência geográfica. Para o cálculo do índice de junho, os preços foram coletados no período de 14 de maio e 13 de junho de 2022 (referência) e comparados com os vigentes de 14 de abril a 13 de maio de 2022 (base).
O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.