De acordo com dados da AIA (Associação das Imobiliárias de Anápolis), existem, hoje, na Cidade, 84 empresas especializadas na intermediação de negócios de compra, venda e troca de casas, apartamentos, terrenos, chácaras, fazendas e outros imóveis. É, na avaliação do órgão, o maior movimento nesse sentido desde as décadas de 60 e 70, com a implantação de Brasília e a chegada da Base Aérea, respectivamente.
Para o Presidente da AIA, empresário Ederval Rodrigues de Araújo, que tomou posse esta semana no lugar do, também, empresário José Roberto de Oliveira, diversos fatores contribuem para esta explosão de vendas imobiliárias. “A estabilidade econômica que se observa no País; o crescimento do parque industrial de Anápolis; a oferta de mais de 100 cursos de nível superior nas mais diversas faculdades e universidades, assim como a perspectiva que se criou em torno de macroprojetos, como a transferência do parque aeronáutico da Força Aérea Brasileira para o Município; o início das operações da Ferrovia Norte Sul, a Plataforma Multimodal, a chegada de novas e grandes empresas e uma série de outras providências em andamento, inclusive, por parte da administração pública. O perfil dos compradores, também, é variado. Alguns compram como investimento para o futuro. Outros, para saírem do aluguel, aproveitando as mais variadas faixas e os mais diferentes modelos de financiamentos oferecidos pelo mercado. Muitos pais mandam os filhos para as faculdades de Anápolis e acabam comprando apartamentos, quitinetes, casas e outros imóveis. A busca por uma colocação nas empresas do DAIA e outros atrativos empresariais são os motivos fundamentais para que isto ocorra”, justifica Ederval Rodrigues Araújo, no que tem a concordância do delegado do Conselho Regional de Corretores Imobiliários, Francisco Lobo. Segundo Ederval e Francisco, todo mês são emitidos 750 ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), o tributo municipal pago nas operações imobiliárias. Além disso, diariamente dão entrada no serviço próprio da Prefeitura, entre 30 e 50 pedidos de edificações, com 128 alvarás emitidos diariamente. São números que atestam o bom momento vivido no setor de edificações na Cidade.
Vende tudo
De acordo com os dois representantes do setor imobiliário (vendas e corretagens), a oferta de imóveis, nos mais diferentes padrões em Anápolis, não atende, nem de perto, à demanda cada vez mais crescente. “Só para citar como exemplo, neste final de semana uma imobiliária vendeu nada menos que 700 lotes, na região do DAIA. E, se tivesse mais, venderia também”, disse Ederval Rodrigues. Segundo ele, “lote, casa, apartamento, não dá para quem quer. Vende tudo”. Sobre a possibilidade de uma saturação do mercado, ele disse que isto está longe de acontecer. “As construtoras não param de lançar novas edificações. Tem caso em que um prédio inteiro é vendido em poucos dias. E, é negócio garantido, empresas confiáveis”, justifica. Ressalte-se que, hoje, praticamente todas as construtoras que operam em Anápolis são originárias do Município.
O Presidente da AIA confirmou que são aproximadamente 500 corretores devidamente credenciados, trabalhando dia e noite na Cidade. “Em 1992 funcionavam em Anápolis 10 imobiliárias. Hoje, são 84, devidamente registradas, com corretores credenciados”, disse ele, acrescentando que quase uma centena desses profissionais há pouco tempo trabalhava na informalidade e, até, clandestinamente. “Mas, o negócio se profissionalizou e praticamente ninguém mais realiza negócios intermediados por quem não tem o registro no CRECI, disse Francisco Lobo. Ainda sobre o bom momento de vendas, os empresários Ederval Rodrigues Araújo e Francisco Lobo asseguram que, em nada, ele prejudicará o setor de aluguéis. “Quem compra e espera a entrega do imóvel, certamente está pagando aluguel. E, quando este migrar para sua casa própria, já terá uma fila esperando para alugar o imóvel que ele ocupava. Ninguém perde”, alegam.
Os dois concordam, ainda, que Anápolis, muito embora já conte com condomínios de alto padrão, já comporta investimentos bem mais sofisticados. E, adiantam que a empresa Alphaville, que tem condomínios nas principais cidades brasileiras, já está de posse de um completo levantamento sobre Anápolis e que, no ano que vem, mais especificamente em julho, deverá implantar um projeto no Município. “A estrutura da Cidade, o poder aquisitivo de grande parte da população e as concretas perspectivas de crescimento apontam para isso”, disse Ederval.
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